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Funchal: Autarca admite erros, mas sublinha situação de excepção

delfimsilva

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Out 20, 2006
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O presidente da Câmara do Funchal admite que existiram erros no crescimento da construção nas zonas altas da cidade e defende uma aposta na monitorização para detectar antecipadamente os aluviões.


"Pode ter havido erros, mas o crescimento das zonas altas não surgiu de um dia para o outro, é um processo secular de povoamento da cidade ao longo de muitas gerações", disse Miguel Albuquerque em declarações à agência Lusa.

Reagindo às críticas que lhe são dirigidas nesta matéria, Albuquerque responde: "como presidente da câmara já fui acusado de tudo. Devemos debater as causas e as consequências num debate que deve ser consistente, se bem que esteja num contexto político".

Recorda que foi já a pensar na minimização do perigo de aluviões que a câmara criou em 1994/95 o Parque Ecológico do Funchal, 1200 hectares na área alta da cidade, no qual foram plantadas 770 mil árvores.

A ideia, diz, era "regenerar a floresta indígena", contribuindo para "evitar a erosão dos solos com o consequente deslizamento em casos de pluviosidade e garantir, através da infiltração, a absorção da água"

Considera que as políticas têm de passar também pelo desassoreamento e a protecção das ribeiras, garantindo que "não tem havido construção nas linhas de água".

Ainda no que respeita às ribeiras, Miguel Albuquerque afirma que "tem sido feito sempre o desentupimento das águas pluviais do Funchal", realçando que a "2 de fevereiro choveu 111 milímetros em 24 horas - a maior pluviosidade em 24 horas desde 1959 - sem causar problemas no Funchal".

Realça que uma intempérie como a de há 15 dias "nunca aconteceu na história da cidade" e recorda que na última aluvião, em 1993, caiu "chuva na cidade do Funchal de 30, 32 milímetros por hora" enquanto a 20 de Fevereiro foi de 52, "quase o dobro".

“Podemos melhorar. Como ninguém sabe tudo, é bom irmos reflectindo e ver como podemos melhorar esses atravessamentos", frisa, dando como exemplo a necessidade de retirar os postos de abastecimento de combustíveis por cima das ribeiras.

"Há lições que podem ser já tiradas", assegura, defendendo "radares e mecanismos de deteção, sobretudo nas zonas altas". "Mas é preciso ter noção de que este trabalho não invalida um grau de risco. Vivemos numa cidade onde os aluviões são cíclicos", conclui





lusa
 
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