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As condições nos campos haitianos, que acolhem pelo menos um milhão de pessoas desalojadas pelo sismo de 12 de Janeiro de 2010, agravam-se. Sem surpresa, os ataques sexuais contra as mulheres aumentaram. Nos campos, multiplicam-se os relatos de violações a mulheres e raparigas.
São crimes que se cometem ao abrigo de um ambiente de impunidade em campos onde dezenas de milhares de desalojados das mais variadas origens, se juntam, sem privacidade, sem paredes, sem portas... para serem vizinhos forçados.
Nos campos há milhares de homens desempregados, sem dinheiro, sem nada para fazer. Isto num país onde, mesmo antes do sismo, a taxa de violência sexual contra as mulheres já era das mais altas do mundo e era utilizada até como arma política.
Para as haitianas que perderam a casa no sismo de 12 de Janeiro, e que agora vivem em campo de tendas, ir à casa de banho à noite é uma decisão de alto risco...
A polícia diz que não há números que indiquem aumento epidémico de ataques, mas para as organizações no terreno, os números são pouco credíveis. A vergonha, os estigmas sociais ou até a vingança dos violadores trava grande parte das queixas.
Viver numa casa é, a médio prazo, apenas uma miragem para quem agora está num campo de desalojados. Os planos do governo haitiano indicam um deslocamento dos campos para fora da cidade, um aumento ainda maior do agrupamento de pessoas. Nada que venha a melhorar, no futuro, a segurança de mulheres e crianças até que a tarefa colossal de reconstruir as casas possa ser concretizada.
tvi24.
São crimes que se cometem ao abrigo de um ambiente de impunidade em campos onde dezenas de milhares de desalojados das mais variadas origens, se juntam, sem privacidade, sem paredes, sem portas... para serem vizinhos forçados.
Nos campos há milhares de homens desempregados, sem dinheiro, sem nada para fazer. Isto num país onde, mesmo antes do sismo, a taxa de violência sexual contra as mulheres já era das mais altas do mundo e era utilizada até como arma política.
Para as haitianas que perderam a casa no sismo de 12 de Janeiro, e que agora vivem em campo de tendas, ir à casa de banho à noite é uma decisão de alto risco...
A polícia diz que não há números que indiquem aumento epidémico de ataques, mas para as organizações no terreno, os números são pouco credíveis. A vergonha, os estigmas sociais ou até a vingança dos violadores trava grande parte das queixas.
Viver numa casa é, a médio prazo, apenas uma miragem para quem agora está num campo de desalojados. Os planos do governo haitiano indicam um deslocamento dos campos para fora da cidade, um aumento ainda maior do agrupamento de pessoas. Nada que venha a melhorar, no futuro, a segurança de mulheres e crianças até que a tarefa colossal de reconstruir as casas possa ser concretizada.
tvi24.