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Gang espanca e amarra ourives

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RoterTeufel

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Lisboa: Trio sem armas arrecadou milhares em assalto a ourivesaria
Gang espanca e amarra ourives

Caras destapadas e sem armas à vista. Com o carro estacionado, os três homens posicionaram-se estrategicamente ao longo da avenida da Igreja, Alvalade, em Lisboa. Ontem, pelas 09h00, Maria Amélia Martins preparava-se para abrir a ourivesaria Belome. O primeiro empurrão adivinhava o terror de mais de 10 minutos. A mulher de 64 anos foi agredida na cabeça, amarrada e sequestrada dentro do estabelecimento. Implacável, o trio arrecadou milhares em ouro e relógios de marca.

Pouco depois, a funcionária Maria de Fátima foi igualmente amordaçada. 'Eu nem me apercebi quantos eram. Um deles mandou-me baixar a cabeça e amarrou-me com carregadores de telemóvel. Deitou-me em cima da minha patroa. Fecharam-nos na sala e depois levaram o que queriam', resumiu ao CM a vítima de 49 anos, abalada com o ataque.

Em pânico, as duas mulheres ouviam todos os passos do trio violento. Os ladrões falavam, mas as vítimas não os percebiam. 'A minha mulher disse que tinham pronúncia de Leste', garante o proprietário José Martins.

Enquanto as duas vítimas estavam trancadas num escritório, os três ladrões esvaziaram as montras e puseram todo o ouro e relógios num saco desportivo. Depois saíram calmamente. Entraram no carro e puseram-se em fuga. Não mais foram vistos.

'Eles sabiam ao que vinham. Não partiram nenhuma montra porque foram directamente às gavetas tirar a chave. As imagens de videovigilância mostram perfeitamente a cara deles. Levaram-me milhares de euros em artigos. Nunca tinha sido assaltado e desta vez foi um susto muito grande, porque puseram em perigo a minha mulher ', disse José Martins, que tem a ourivesaria há mais de dezasseis anos.

Os ladrões não utilizaram armas de fogo, são emigrantes de Leste e foram identificados nas imagens de videovigilância.

VIDEOVIGILÂNCIA CAPTOU ROSTO DOS ASSALTANTES

Astutos na sua actuação, os três assaltantes foram, no entanto, descuidados no que toca a vestígios deixados no local. Ao que o CM apurou, as imagens de videovigilância captaram todo o roubo, especialmente os três rostos do grupo. Para além disso, o gang não usou luvas e mexeu em gavetas, montras e portas, deixando vários vestígios que agora estão a ser reunidos e que constituem uma peça fundamental para a investigação. Aliás, esse facto foi confirmado ao CM pelas duas vítimas que estiveram sequestradas e foram, inclusive, agredidas pelos três homens. Quanto ao rosto dos assaltantes, José Martins diz nunca ter visto nenhum dos três homens. 'Os agentes da PSP perguntaram-me se ultimamente os tinha visto a rondar o estabelecimento, mas se andaram não me apercebi de nada'.

'JOSÉ, ESTAMOS A SER ROUBADOS. VEM SALVAR-ME'

José Martins era o rosto da preocupação e do medo ontem de manhã, poucos minutos após o assalto, onde a mulher esteve sequestrada. Emocionado, o proprietário da ourivesaria Belome não se esquece do momento em que recebeu o telefonema da mulher. 'A primeira coisa que ouvi foi: ‘José, estamos a ser roubados. Vem salvar-me’. Fiquei muito aflito. Telefonei logo para a polícia e eles disseram que já tinham mandado um carro-patrulha. Fiquei mais tranquilo, mas temi pela vida da minha mulher', disse o homem, com as lágrimas nos olhos. Maria Amélia Martins ainda não conseguia falar. 'Foi um susto muito grande. Custa a passar', disse apenas.

PORMENORES

FECHARAM AS PORTAS

Depois de trancar as vítimas no escritório, os ladrões fecharam a porta da ourivesaria para não levantar suspeitas.

VÁRIAS TESTEMUNHAS

Foram várias as pessoas que viram os assaltantes a entrar na ourivesaria, mas como não vinham encapuzados não se aperceberam do roubo.

INTERVENÇÃO RÁPIDA

O local esteve interdito à população durante toda a manhã por uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR) da PSP.


Fonte Correio da Manhã
 
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