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A agência noticiosa oficial chinesa, Xinhua, acusou a empresa de serviços online Google, de estar associada aos serviços secretos norte-americanos, num artigo publicado domingo, intitulado ‘Google não te politiquizes’.
‘Os altos cargos da Google criaram laços com o governo norte-americano. É também um segredo conhecido que alguns peritos de segurança no Pentágono estão na Google’, escreviam os jornalistas da agência, acrescentando que ‘é injusto que a Google imponha os seus próprios valores e parâmetros de regulação da Internet na China, que tem a sua própria tradição de honra, cultura e valores’.
O mesmo artigo criticava ainda a empresa americana por não querer respeitar as leis e regulamentos chineses. ‘De facto, nenhum país permite tráfego sem restrições na Internet, de pornografia, violência, entretenimento, superticioso ou de conteúdo de subversão governamental, separatismo étnico, extremismo religioso, racialismo, terrorismo ou sentimentos anti-patrióticos’.
O controverso artigo culminava com uma constatação: ‘Quer saia ou não, a Google não se deveria continuar a politizar, já que a sua retirada está associada a questões políticas, o que descredibilizará a Google perante os internautas chineses. Isto fará com que a Google acabe por ser a maior perdedora’.
Face às acusações, a Google já se defendeu, classificando-as como ridículas.
A empresa já havia anunciado em Janeiro que não iria compactuar com as leis de censura na China, tendo ameaçado encerrar o seu site daquele país, google.cn, devido à censura e aos constantes ataques de hacking à pagina.
A multinacional americana encerrou o seu servidor no país, segunda-feira, um dia após a publicação deste artigo, passando a redirecciar as pesquisas do site google.cn, para google.com.hk, sedeado em Hong Kong, o qual não tem filtro de conteúdos.
Isabel Chaves