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Para governo dos EUA, Haiti ainda não está pronto para assumir reconstrução
O governo dos Estados Unidos avalia que o Haiti ainda não está pronto para assumir totalmente o processo de reconstrução do país, disse à BBC Brasil a subsecretária de Estado americana para Democracia e Assuntos Globais, Maria Otero.
Segundo ela, o terremoto afetou não apenas as instalações do governo, como também o quadro de funcionários – o que justificaria uma maior participação dos doadores no processo de reconstrução durante um “período de transição”.
“Concordamos completamente com a visão brasileira de que a soberania do Haiti é muito importante, mas é necessário também algum tempo para que possamos fazer uma transição”, disse a representante do governo americano, que participa do 5º Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro.
De acordo com Otero, a ideia deve ser discutida na próxima terça-feira, durante a conferência de doadores do Haiti, em Nova York. No encontro, o Brasil será representado pelo chanceler Celso Amorim.
“Acreditamos que a reconstrução deva estar nas mãos do governo haitiano. Mas nesse momento, se você olhar para os ministérios, para os prédios, tudo caiu. Funcionários públicos estão vivendo em tendas”, disse Otero.
O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, que também esteve no Fórum Urbano Mundial, disse que pedirá aos países doadores que “sigam” o plano que está sendo desenvolvido pelo governo haitiano e que “não façam nada por conta própria”.
Bellerive disse ainda que seu país precisará de US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 21 bi) para reconstruir toda a estrutura abalada pelo terremoto do dia 12 de janeiro, que deixou mais de 200 mil mortos.
Desde o desastre, o governo brasileiro tem defendido que o processo de reconstrução do Haiti seja liderado pelas autoridades haitianas, com a ajuda estrangeira sendo coordenada pela ONU.
Durante uma conferência em Montreal para discutir o assunto, há dois meses, o chanceler Celso Amorim disse que os os doadores “não estão aqui para substituir as autoridades legítimas do Haiti”.
Atores externos
Uma das possibilidades, de acordo com Otero, é de que os países e instituições doadoras – entre eles Estados Unidos, Brasil, Banco Mundial e Nações Unidas – criem um tipo de “autoridade central”, que represente os atores externos durante um período que será determinado pelo governo haitiano.
Ainda segundo a subsecretária, toda a discussão em torno da reconstrução do Haiti dentro do governo americano está sendo “bastante coordenada” com o governo haitiano e os doadores.
“Os Estados Unidos certamente não estão discutindo isso sozinhos, imaginando ter todas as repostas”, disse Otero.
“Qualquer que seja a determinação feita durante esse período de transição, será feita com o governo do Haiti totalmente envolvido no processo decisório”, acrescentou a subsecretária.
Segundo ela, a reunião de todos os doadores, na próxima de terça-feira, será uma oportunidade “importante e incomum” para os países doadores “fazerem a coisa certa”.
“Vamos discutir não só os valores, mas também o processo. E a coisa mais importante é ter um planejamento coordenado, com todas essas pessoas em volta da mesa”, disse Otero.
O governo dos Estados Unidos avalia que o Haiti ainda não está pronto para assumir totalmente o processo de reconstrução do país, disse à BBC Brasil a subsecretária de Estado americana para Democracia e Assuntos Globais, Maria Otero.
Segundo ela, o terremoto afetou não apenas as instalações do governo, como também o quadro de funcionários – o que justificaria uma maior participação dos doadores no processo de reconstrução durante um “período de transição”.
“Concordamos completamente com a visão brasileira de que a soberania do Haiti é muito importante, mas é necessário também algum tempo para que possamos fazer uma transição”, disse a representante do governo americano, que participa do 5º Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro.
De acordo com Otero, a ideia deve ser discutida na próxima terça-feira, durante a conferência de doadores do Haiti, em Nova York. No encontro, o Brasil será representado pelo chanceler Celso Amorim.
“Acreditamos que a reconstrução deva estar nas mãos do governo haitiano. Mas nesse momento, se você olhar para os ministérios, para os prédios, tudo caiu. Funcionários públicos estão vivendo em tendas”, disse Otero.
O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, que também esteve no Fórum Urbano Mundial, disse que pedirá aos países doadores que “sigam” o plano que está sendo desenvolvido pelo governo haitiano e que “não façam nada por conta própria”.
Bellerive disse ainda que seu país precisará de US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 21 bi) para reconstruir toda a estrutura abalada pelo terremoto do dia 12 de janeiro, que deixou mais de 200 mil mortos.
Desde o desastre, o governo brasileiro tem defendido que o processo de reconstrução do Haiti seja liderado pelas autoridades haitianas, com a ajuda estrangeira sendo coordenada pela ONU.
Durante uma conferência em Montreal para discutir o assunto, há dois meses, o chanceler Celso Amorim disse que os os doadores “não estão aqui para substituir as autoridades legítimas do Haiti”.
Atores externos
Uma das possibilidades, de acordo com Otero, é de que os países e instituições doadoras – entre eles Estados Unidos, Brasil, Banco Mundial e Nações Unidas – criem um tipo de “autoridade central”, que represente os atores externos durante um período que será determinado pelo governo haitiano.
Ainda segundo a subsecretária, toda a discussão em torno da reconstrução do Haiti dentro do governo americano está sendo “bastante coordenada” com o governo haitiano e os doadores.
“Os Estados Unidos certamente não estão discutindo isso sozinhos, imaginando ter todas as repostas”, disse Otero.
“Qualquer que seja a determinação feita durante esse período de transição, será feita com o governo do Haiti totalmente envolvido no processo decisório”, acrescentou a subsecretária.
Segundo ela, a reunião de todos os doadores, na próxima de terça-feira, será uma oportunidade “importante e incomum” para os países doadores “fazerem a coisa certa”.
“Vamos discutir não só os valores, mas também o processo. E a coisa mais importante é ter um planejamento coordenado, com todas essas pessoas em volta da mesa”, disse Otero.