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Suspeita sobre bomba em Moscou deve cair sobre chechenos

A.Carina

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Fev 13, 2009
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Suspeita sobre bomba em Moscou deve cair sobre chechenos

Radicais islâmicos do Norte do Cáucaso estão quase sempre no topo da lista de suspeitos de atentados a bomba que causam morte e destruição na Rússia.

E isso é mais evidente quando o ataque é realizado por mulheres suicidas.

Guerrilheiros separatistas da Chechênia adotaram pela primeira vez a tática de atentados a bomba suicidas em 2000.

Em 2002, havia mulheres no grupo de militantes que tomou reféns em um teatro em Moscou. As forças de segurança acabaram invadindo o prédio.

Elas usavam véus e bandanas que indicavam sua disposição em morrer na batalha, e no ano seguinte começaram os primeiros ataques praticados por mulheres suicidas.

Estupro


Um dos primeiros teve o objetivo de matar o líder checheno pró-Moscou, Akhmad Kadyrov (pai do atual presidente da República), em uma cerimônia religiosa em maio de 2003.

Em julho e em dezembro do mesmo ano, eles realizaram um ataque na própria capital russa, Moscou. O primeiro ataque matou 15 pessoas em um show de rock ao ar livre.

Mulheres também participaram da tomada de uma escola em Baslan, na Ossétia do Norte, em 2004. O ataque deixou um saldo de 334 mortos - entre eles, 186 crianças.

Por isso, não é de surpreender que o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia, Alexander Bortnikov, tenha sugerido que os militantes suicidas que atacaram o metrô de Moscou vieram do Norte do Cáucaso.

O fato de envolver mulheres tem alguma explicação. Duas das mulheres que participaram da tomada do teatro em Moscou seriam irmãs sequestradas de suas casas em um vilarejo checheno por soldados russos e estupradas por vários homens.

Nos últimos 14 anos, soldados russos deixaram um rastro de destruição na Chechênia não só físico mas também psicológico.

Um grande número de mulheres perdeu marido, filhos, irmãos e pais. As que foram estupradas podem achar impossível um novo casamento e uma vida normal.

Há notícia de traumas generalizados em mulheres chechenas.

Lei islâmica

Um dos mais conhecidos líderes rebeldes chechenos, Shamil Basayev, morto em 2006, gabou-se de ter um batalhão de mulheres dispostas a praticar atentados a bomba suicidas.

Depois do ocorrido em Beslan passaram-se anos sem atentados do tipo, mas tudo mudou em 2009.

O atual líder rebelde checheno, Doku Umarov, foi declarado "emir" do Norte do Cáucaso - um grupo de repúblicas em área montanhosa onde a maioria da população é muçulmana.

Umarov anunciou que pretende implementar a sharia (leis islâmicas) em toda a região e disse que a luta chechena é parte de uma luta mais ampla entre muçulmanos e o Ocidente.

É pouco provável que ele hesite em usar mulheres para atentados suicidas. A polícia de Moscou suspeitaria menos delas do que de homens do Norte do Cáucaso. Pelo menos parece ter sido assim nos últimos anos.

Este mais recente ataque, acredita-se, pode ter sido uma retaliação por uma operação de forças russas na Ingushétia, vizinha da Chechênia, no mês passado. Vinte insurgentes morreram, inclusive o suposto líder de um atentado a bomba em novembro, no trem que fazia a rota entre Moscou e São Petesburgo.
 
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