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Rastreio do cancro do Intestino deve ser iniciado de imediato no nosso país

maioritelia

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Conclusões do workshop organizado pela Europacolon-Portugal e a Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino
“O movimento para o rastreio (do cancro do colo-rectal) deve ser iniciado de imediato”, envolvendo a população, as estruturas centrais e os médicos de família.

Esta foi a principal conclusão do workshop “Como Evoluir no Rastreio do Cancro Colo-Rectal em Portugal”, organizado pela Europacolon-Portugal, Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino.

A iniciativa contou com a presença de diferentes individualidades do sector da Saúde, como Maria de Belém Roseira (ex-ministra da Saúde); Luís Pisco (presidente da Unidade de Missão para os Cuidados Primários); Rosa Matos (presidente da ARS do Alentejo); António Morais (responsável pelo projecto piloto da região centro); Jorge Espírito Santo (presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos); Helena Rebelo (deputada e membro da Comissão de Saúde da AR), entre muitas outras.

Este encontro que contou, também, com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, na sessão de abertura, concluiu ainda “que o financiamento não parece representar um problema imediato” mas que “a capacidade em recusos humanos, meios logísticos e técnicos deve ser acautelada”.

Durante a discussão, à porta fechada, dos respectivos grupos, foi referido ser necessário e urgente “criar um grupo de trabalho que ponha em prática um projecto” capaz de avaliar e gerir as dificuldades e que, ao mesmo tempo, avalie os resultados que forem sendo obtidos.

Este workshop teve a participação de quatro convidados estrangeiros: Jola Gore Booth (Europacolon Internacional); Robert Steele (responsável pelo rastreio do cancro colo-rectal na Escócia); Keith Spencer (Europacolon Internacional) e JonathanWatson (director executivo da Health ClusterNET), que apresentaram dados e estatisticas referentes ao cancro colo-rectal no Reino Unido e que ajudaram a perspectivar as linhas futuras para a implementação do rastreio em Portugal.

Ainda de acordo com as conclusões saídas do encontro, a principal dificuldade para que o rastreio seja implementado, no nosso país, tem por base “a organização e o sistema que, tudo indica, bloqueiam as acções e as decisões”. Assim, “é fundamental criar programas de informação e sensibilização da população em risco, bem como disponibiliizar meios de diagnóstico e tratamento”.

Um dos grupos de trabalho referiu ainda a importância de “efectuar uma análise dos meios e do custo/benefício do rastreio, bem como do seu impacto na sociedade” de forma a acelerar o financiamento.

CONCLUSÕES

GRUPO A
1- O financiamento não parece representar um problema imediato.
2- É a organização dos cuidados e do sistema que parece bloquear as acções e as decisões.
3- É fundamental a implementação de programas de informação e sensibilização da população em risco, bem como a disponibilidade de meios de diagnóstico e de tratamento,
4- A capacidade em Recursos Humanos e meios logísticos e técnicos, por região, deve ser acautelada. Igualmente pode ser necesário a contribuição de um grupo nacional para planeamento e elaboração de orientações, evitando programas de caracteristicas top down.
5- Deve ser efectuada uma análise clara dos meios e do custo/benefício do rastreio, bem como do seu impacto na sociedade, que prontifique o seu financiamento.
6- É necessário alterar critérios de contratualização para acolher as acções de rastreio.
7- Deve ser realçado o primado da decisão técnicas e do envolvimento de todos os stake holders no processo de decisão, planeamento e monitorização.

GRUPO B
1- Avançar com estratégias de Screening em base nacional. Não justifica, e com base nos dados existentes, continuar a realizar estudos-piloto. Poder-se-á sentir a necessidade de implementar estratégias locais.
2- O movimento para o rastreio deve ser iniciado de imediato, tendo como base o que ja está publicado pela Coordenação das Doenças Oncológicas e iniciar a PSOF (pesquisa de sangue oculto nas fezes). Existem, no entanto, dados pendentes sobre a opção pelos vários métodos de rastreio.
3- O envolvimento da população deve ser feito em parceria com estruturas centrais e com os Médicos de Família. Só assim é possível assegurar uma rede de informação adequada, credível e que permita chegar a conclusões ajustadas ao nosso País.
4- Há que assegurar a capacidade instituída para dar seguimento aos doentes de rastreio com teste positivo.
5- Este projecto exige financiamento adequado que permita garantir a continuidade do mesmo.
6- Foi sentida a necessidade de criar um grupo de trabalho, que permitá colocar em prática o projecto, avaliar e gerir as dificuldades, bem como os resultados.


sp.
 
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