Rotertinho
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Paralisação ibérica de transportadoras decidida após 24 de Abril
País só teria alimentos para "alguns dias"
Transportadoras portuguesas e espanholas adiaram a decisão de avançar com uma paragem. Mas, a acontecer, vários sectores serão afectados e o país só teria "reservas alimentares para alguns dias", disse ao JN fonte oficial do Ministério da Agricultura.
Distribuição de alimentos, de combustíveis e abastecimento da indústria seriam os efeitos mais visíveis de uma paragem de camiões a nível ibérico (ver texto ao lado). O Ministério da Agricultura está neste momento a trabalhar com o da Defesa no sentido de "reforçar a reserva estratégica alimentar", disse a mesma fonte. A questão coloca-se no momento em que a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) e a Federação das Transportadoras Espanholas, têm mantido contactos, para decidir sobre um eventual protesto conjunto.
No final da reunião de ontem, em Madrid, António Lóios, secretário-geral da ANTP, revelou que qualquer decisão para um protesto ibérico ficou adiada para depois de 24 de Abril, tendo sido agendada nova reunião de transportadoras ibéricas para a última semana do mês. No entanto, António Lóios acredita "que tudo se vai resolver" pelo diálogo. A mesma posição tem a associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), que representa cerca de 90% das empresas do sector. Apesar de não ter estado na reunião, António Mouzinho, presidente do organismo, afirmou: "Continuamos a negociar com o Governo" e, caso não haja soluções, "irá depender da vontade dos sócios".
Das várias reivindicações que estão em cima da mesa, uma é a da harmonização fiscal do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) com os valores praticados em Espanha, "uma vez que os combustíveis pesam 30% nos custos das empresas, limitando assim a sua competitividade", referiu António Mouzinho, lembrando que Portugal sempre taxou o ISP pelo valor máximo permitido.
António Lóios lembrou que as transportadoras querem uma redução de oito cêntimos do ISP, "aplicando a directiva comunitária".
À procura de entendimentos
Nesta matéria não haverá entendimento com o Governo. Ao JN, o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, referiu que "não se pode subsidiar os combustíveis". Quanto "ao ISP Portugal antecipou-se, porque todos os países da União Europeia têm até 2011 ou 2012 que harmonizar os valores do ISP, e pela referência mais elevada".
Quanto a outras medidas "umas estão a ser analisadas, a outras não é possível dar qualquer resposta", disse o governante.
Uma outra reivindicação são as portagens nas SCUT. As transportadoras continuam a dizer que "não existem vias alternativas de qualidade razoável".
jornal de noticias
País só teria alimentos para "alguns dias"
Transportadoras portuguesas e espanholas adiaram a decisão de avançar com uma paragem. Mas, a acontecer, vários sectores serão afectados e o país só teria "reservas alimentares para alguns dias", disse ao JN fonte oficial do Ministério da Agricultura.
Distribuição de alimentos, de combustíveis e abastecimento da indústria seriam os efeitos mais visíveis de uma paragem de camiões a nível ibérico (ver texto ao lado). O Ministério da Agricultura está neste momento a trabalhar com o da Defesa no sentido de "reforçar a reserva estratégica alimentar", disse a mesma fonte. A questão coloca-se no momento em que a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) e a Federação das Transportadoras Espanholas, têm mantido contactos, para decidir sobre um eventual protesto conjunto.
No final da reunião de ontem, em Madrid, António Lóios, secretário-geral da ANTP, revelou que qualquer decisão para um protesto ibérico ficou adiada para depois de 24 de Abril, tendo sido agendada nova reunião de transportadoras ibéricas para a última semana do mês. No entanto, António Lóios acredita "que tudo se vai resolver" pelo diálogo. A mesma posição tem a associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), que representa cerca de 90% das empresas do sector. Apesar de não ter estado na reunião, António Mouzinho, presidente do organismo, afirmou: "Continuamos a negociar com o Governo" e, caso não haja soluções, "irá depender da vontade dos sócios".
Das várias reivindicações que estão em cima da mesa, uma é a da harmonização fiscal do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) com os valores praticados em Espanha, "uma vez que os combustíveis pesam 30% nos custos das empresas, limitando assim a sua competitividade", referiu António Mouzinho, lembrando que Portugal sempre taxou o ISP pelo valor máximo permitido.
António Lóios lembrou que as transportadoras querem uma redução de oito cêntimos do ISP, "aplicando a directiva comunitária".
À procura de entendimentos
Nesta matéria não haverá entendimento com o Governo. Ao JN, o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, referiu que "não se pode subsidiar os combustíveis". Quanto "ao ISP Portugal antecipou-se, porque todos os países da União Europeia têm até 2011 ou 2012 que harmonizar os valores do ISP, e pela referência mais elevada".
Quanto a outras medidas "umas estão a ser analisadas, a outras não é possível dar qualquer resposta", disse o governante.
Uma outra reivindicação são as portagens nas SCUT. As transportadoras continuam a dizer que "não existem vias alternativas de qualidade razoável".
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