• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Falha nas contrapartidas dos submarinos era conhecida há sete anos

Rotertinho

GF Ouro
Entrou
Abr 6, 2010
Mensagens
7,883
Gostos Recebidos
8
A polémica dificuldade dos alemães em concretizarem as contrapartidas dos submarinos já era, afinal, conhecida em 2003. Foi o próprio Governo então a reconhecê-lo em "Diário da República", atribuindo a classificação de "fraco" às "Perspectivas de concretização/credibilidade".

Com efeito, segundo fonte militar tinha adiantado ao JN, os problemas que actualmente marcam a actualidade, com os alemães a não serem capazes de executar as contrapartidas, "já eram conhecidas em 2003", antes do contrato ter sido assinado, em Abril de 2004. As dúvidas, com sete anos, são levantadas na própria Resolução do Conselho de Ministros nº 183 de 2003, publicada no "Diário da República" de 25 de Novembro de 2003, assinada pelo então primeiro-ministro Durão Barroso, que determina a homologação da construção dos dois submarinos aos alemães. Junto surge o programa de aquisição, e os factores em avaliação, dos quais as contrapartidas, assinado pelo então ministro da Defesa, Paulo Portas.

E na "Síntese da avaliação das contrapartidas", a conclusão é de que, no item "Perspectivas de concretização/credibilidade", é de que a proposta alemão da GSC (German Submarin Consortium) é "fraco", enquanto, no mesmo item, a avaliação aos franceses tem como resultado "médio".

De, facto, ainda recentemente, o Governo veio salientar a dificuldade dos alemães em executar os compromissos das contrapartidas, inferior a 40%, segundo o Governo. "Consideramos inaceitavelmente baixos os níveis de cumprimento das contrapartidas neste contrato dos submarinos", apontou José Sócrates, uma questão que poderá começar hoje a ser reavaliada, com a vinda a Portugal de um responsável da Ferrostal, a empresa alemã envolvida na construção dos submarinos.

Mas os franceses da DCN-I (Direccion de Constrution Naval - International) vencem em toda a linha os alemães no capítulo das contrapartidas, segundo o "Diário da República", um documento público. E a própria "qualidade" das contrapartidas alemãs deixa a desejar face aos franceses.

Nas conclusões, o documento ressalva que a proposta dos franceses "continua a ser superior" à dos alemães, "embora haja agora (em 2003) maior proximidade de propostas em montante total de contrapartidas e perspectiva de efeito estruturante na economia portuguesa", uma realidade que já era conhecida em Julho desse ano, quando o então presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas, Pedro Brandão Ferreira, deu, em parecer, a classificação de "médio" à proposta francesa e "fraco" à proposta alemã, ao mesmo tempo que já chamava a atenção para o problema da credibilidade da execução.

Ontem, o ministro da Defesa, Santos Silva, em entrevista à RTPN, admitiu "formar dúvidas sobre se os interesses do Estado foram acautelados", no que diz respeito ao negócio e lembrou que o Executivo pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República com carácter "urgente" para "esclarecer dúvidas jurídicas", "que podem pôr em causa o contrato de contrapartidas".


jornal de noticias
 
Topo