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Morte vale 125 mil euros

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RoterTeufel

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Sintra: Dono de rottweilers vai ter de pagar indemnização
Morte vale 125 mil euros

Orlando Duarte, proprietário dos quatro cães de raça rottweiler que, em 2007, mataram uma mulher na Várzea de Sintra, foi ontem condenado, por homicídio por negligência, a uma pena de prisão de um ano e seis meses, suspensa, e ainda ao pagamento de uma indemnização no valor de 125 mil euros, 50 mil dos quais da responsabilidade da Tranquilidade, que segurava um dos animais. O proprietário vai ter ainda de pagar 1700 euros em coimas.

Na sentença, lida ontem no Tribunal de Sintra, a juíza Ana Paula Antunes referiu que o arguido "podia ter evitado a morte da vítima se tivesse tido em atenção o mau estado em que se encontrava a rede que servia de vedação" e que, por isso, "agiu com negligência". Referindo-se à vítima, Vira Chudenlo, de 59 anos – ucraniana que vivia maritalmente com Fernando Correia – como "infeliz senhora", a juíza deu como provado que os quatros cães provocaram "sofrimento atroz" e "dores horríveis".

A juíza deu ainda credibilidade aos testemunhos dos bombeiros, que afirmaram que não puderam sair da ambulância para socorrer a mulher – que mesmo "esfolada e com os ossos à mostra" ainda "levantou um braço" para pedir socorro e tentou "movimentar a boca" – porque os cães investiram contra o carro de socorro.

Fernando Correia, que exigia uma indemnização de 190 mil euros, disse apenas que "não há dinheiro que pague uma vida" e que a sentença não lhe pareceu "bem".

Por seu lado, o advogado de defesa de Orlando Duarte, António Rodrigues, disse que "é uma decisão demasiado severa" e que, "por haver factos que não foram provados em tribunal", vai recorrer. Também o advogado da companhia de seguros, Nuno Mateus, pondera recorrer.

Lida a sentença, Orlando Duarte saiu a correr do tribunal, enquanto um amigo bloqueou a entrada da sala de audiência, impedindo os jornalistas de sair. À saída do parque de estacionamento do tribunal, Orlando Duarte ia ainda chocando frontalmente com um carro.


Fonte Correio da Manhã
 
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