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Região-piloto faz soar coro de críticas internas

Rotertinho

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Região-piloto faz soar coro de críticas internas


A criação de uma região-piloto proposta por Pedro Passos Coelho não colhe o apoio de dirigentes e autarcas para quem uma fase de experiência no Algarve significará condenar a regionalização ao fracasso. Para outros, será "melhor do que nada".

Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Mendes Bota, líder do PSD/Algarve e do movimento "Regiões, sim", Arlindo Cunha, antigo eurodeputado e ministro da Agricultura, Paulo Rios, líder da Concelhia do Porto que foi mandatário de Passos Coelho, e Manuel Moreira, presidente da Câmara do Marco e ex-governador civil, são apenas alguns dos que consideram que a regionalização deveria avançar "em simultâneo" em todo o país. Marco António Costa, líder da Distrital do PSD/Porto e agora vice do partido, é um dos que ressalvam que a medida sempre é "mais" do que aquilo que existe.

No congresso, defenderam-se moções reclamando uma descentralização. Uma delas é dos Autarcas Sociais-Democratas. Outra foi aprovada na Distrital do PSD/Porto e apela ao compromisso de "paulatinamente dotar a região" de instâncias "com capacidade decisória". O primeiro subscritor, Paulo Rios, disse, ao JN, recear que "a criação de uma região-piloto seja um péssimo serviço prestado à verdadeira regionalização". Mas a proposta revela "sinais positivos" no sentido de avançar com a reforma. "A região-piloto é para quem não quer a regionalização", criticou, por sua vez, Pedro Sampaio, mandatário de Paulo Rangel no Porto.

Mendes Bota, líder do PSD na região onde seria feita a experiência, defende que a regionalização "deve ser em simultâneo em todo o país". Mas "qualquer solução é melhor que nada". Para Arlindo Cunha, é "fundamental abrir um debate interno". E como vê a proposta de região-piloto? "Vejo mal", respondeu, explicando que "os inimigos da regionalização não tardarão a ver todos os defeitos", pois ficariam concentrados naquela mesma região. "Deve avançar em simultâneo em todo o território", apela, recusando "experiências de laboratório". E "não se justifica novo referendo".

Para Ribau Esteves, antigo secretário-geral do PSD, "não faz sentido falar de região-piloto" porque "já há duas a funcionar", nos Açores e na Madeira. E o referendo apenas se justifica se a questão for colocada "no âmbito de um redesenhar global da estrutura organizativa do Estado".

Para Marco António Costa, "a regionalização é mais do que necessária", mas "haverá tempo para a tratar". A proposta de região-piloto "é um passo importante" porque "é mais do que aquilo que temos hoje". Quanto ao referendo, "qualquer bom regionalista gostaria que fosse instantânea". Na opinião de Manuel Moreira, é "preferível avançar para a regionalização de todo o espaço continental" e "tem de haver novo referendo".


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