• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Deputados com carga de trabalho

Rotertinho

GF Ouro
Entrou
Abr 6, 2010
Mensagens
7,884
Gostos Recebidos
8
Deputados com carga de trabalho


Mota Amaral quer que documentos enviados à comissão de inquérito sejam só vistos pelos parlamentares.

O acesso reservado aos documentos obriga os deputados da comissão de inquérito ao alegado envolvimento do Governo na compra da TVI a um regime de quase trabalhos forçados. O assunto promete aquecer a próxima reunião, que deverá ocorrer amanhã.

Em teoria, a determinação de Mota Amaral para que sejam apenas os deputados a consultarem os documentos, sem poderem ser fotocopiados, força a que as muitas centenas de folhas de papel enviadas pelas diversas entidades, em resposta aos pedidos de documentação enviados pela comissão, não possam ser lidas pelos assessores dos grupos parlamentares. Esta regra, que aplicada no limite poderá obrigar a fechar aos jornalistas algumas das sessões da comissão de inquérito, deverá ser um dos assuntos polémicos da próxima reunião, ainda não marcada oficialmente, mas que, tudo indica, se realizará amanhã.

"Exige-se transparência e não opacidade na comissão de inquérito", disse ao JN o deputado João Semedo, do BE, o relator do inquérito.

A primeira leva de pedidos de documentação já está toda no Parlamento, incluindo uma carta da PT que confirma o investimento, não directamente mas através da PT Prestações, no capital da Ongoing (via Ongoing International com sede no Luxemburgo), a empresa proprietária do Diário Económico, e que manifestou interesse em comprar a TVI. Conhecer as interligações directas e, particulamente, as indirectas é essencial para os deputados delinearem a estratégia para as duas dezenas de audições, que só começarão na penúltima semana deste mês. De qualquer forma, Mota Amaral faz questão em cumprir o prazo limite para a conclusão do inquérito, a 18 de Maio.

Provar que os socialistas e o Governo influenciaram directamente os destinos da TVI e, por consequência, mostrar a tendência para dominar os conteúdos da informação, em termos gerais, é a linha de orientação definida pela Oposição na comissão parlamentar de inquérito, mas o véu da estratégia de condução das audições ainda não foi levantado, apesar do questionário indicativo que foi aprovado.

Ao analisar-se o tipo de documentação pedida pelos partidos, é nítida a divergência entre o fio condutor delineado pelos que requereram a comissão de inquérito, o PSD e o BE. Os sociais-democratas focaram-se na figura do primeiro-ministro e em provar que José Sócrates mentiu ao dizer que nada sabia do negócio. O objectivo de fragilizar o chefe do Governo é obvio, até porque foi o PSD a requerer a audição de Sócrates. Já para os bloquistas, que são seguidos tanto pelo PCP como pelo CDS-PP, a ideia centra-se em demonstrar que o Estado, via Governo, esteve sempre por dentro dos negócios relacionados com a TVI. É neste quadro que se pode avaliar o pedido do BE em obter os documentos relativos à candidatura da PT ao 5º canal de televisão em sinal aberto e a intenção da TagusPark entrar no capital da Media Capital, empresa proprietária da TVI.


jornal de noticias
 
Topo