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Tributo a Spínola é "acto de justiça"

Rotertinho

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Tributo a Spínola é "acto de justiça"


A Avenida Marechal António de Spínola foi ontem, domingo, inaugurada, em Lisboa - a homenagem, no dia do centenário do nascimento do primeiro presidente da República após o 25 de Abril, foi classificada, por Cavaco Silva, como um "acto de de grande justiça".

Cavaco Silva, presidente da República: "Como todas as grandes personalidades, António Sebastião Ribeiro de Spínola foi uma figura controversa, que suscitava paixões. O seu carisma não deixava ninguém indiferente."

"Foi essa coragem que o levou, em toda a sua vida, a dizer sempre o que pensava, fossem quais fossem as consequências. Mesmo sabendo que poderia ser punido, não hesitou em dar à estampa um livro que faria História e, mais do que isso, faria a História."

Para o presidente da República, o marechal Spínola "foi um patriota e um homem de grande coragem".

"Portugal concedeu-lhe as mais altas distinções. Mas não estou certo de que tenhamos estado sempre à altura do exemplo de vida que nos legou", afirmou Cavaco Silva, ontem na cerimónia de homenagem, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa.

Spínola demitiu-se da Presidência a 30 de Setembro de 1974 em ruptura com o Movimento das Forças Armadas; e após a tentativa de golpe militar a 11 de Março de 1975 foi forçado ao exílio, do qual regressou após o 25 de Novembro e a eleição de Ramalho Eanes, para a chefia do Estado. Eanes esteve ontem na cerimónia. Tal como o general Almeida Bruno, o embaixador Nunes Barata (ambos próximos do antigo chefe de Estado) e o sobrinho do marechal, Fernando Spínola.

"Muito para além das homenagens dos homens, será o juízo do tempo que se encarregará de lhe reservar na História o lugar que merece", prosseguiu Cavaco. O carácter controverso de Spínola, assim como o seu caminho de líder da Revolução à Presidência até ao exílio também foram mencionados pelo embaixador, mas com mágoa: "Poucos homens públicos, na história recente, foram alvo de tão malévolas intenções". "O decurso dos anos e o serenar das paixões são a melhor forma de ajuizarmos com imparcialidade a biografia dos grandes homens", concluiu Cavaco.

O sobrinho, Fernando Spínola, manifestou a gratidão "da família de sangue e militar" do marechal ao município de Lisboa, não esquecendo que a ideia de dar o nome do antigo chefe de Estado a uma rua foi de João Soares, decidida por Santana Lopes e concretizada por António Costa. O actual presidente da Câmara sublinhou que Spínola foi "um advento da democracia". Na avenida também será colocada uma estátua de Spínola, "para perpetuar a sua imagem de militar carismático", explicou Costa.


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