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Escola com onze alunos vai no sétimo professor

Rotertinho

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Escola com onze alunos vai no sétimo professor
Pais insatisfeitos com substituição de outra docente


A Escola Básica de Espinho, Miranda do Corvo, tem apenas 11 alunos e já vai no sétimo professor colocado. A substituição da professora a dois meses do ano lectivo terminar levou os pais dos alunos a fechar a escola em protesto, ontem de manhã.

Nas primeiras semanas do ano lectivo, uma professora beneficiou do direito de deslocação por motivos de saúde, duas beneficiaram da lei da maternidade e outras duas recusaram a colocação. Em Outubro, entrou uma professora que agora saiu, em virtude de uma das primeiras colocadas ter terminado a licença. "Se contabilizarmos a directora adjunta e a directora pedagógica do Agrupamento, que asseguraram as aulas no início do ano, o número de professores quase supera o de alunos", ironiza João Paulo Lucas, pai de uma aluna. Recorda ainda que a professora que vai entrar ao serviço tem direito a cinco horas semanais de amamentação, o que vai fazer com que tenha de entrar outra docente para a substituir nessas horas.

Os pais destacam que se estabeleceu uma relação muito boa entre os alunos e a professora substituída, com bom comportamento e aproveitamento. "Isto pode deitar por terra alguns trabalhos que eles tinham feito durante o ano. Está para sair um livro com histórias construídas pelos alunos", afirma José Maduro, pai de uma criança da escola.

João Paulo Lucas afirma não fazer sentido que não se mantenha a docente a dois meses do ano terminar, sublinhando que cinco dos 11 alunos da escola estão no quarto ano, e vão fazer provas de aferição em Junho.

A insatisfação dos pais levou-os a juntar-se, ontem, pelas 8 horas, à porta da escola, onde a mantiveram fechada. O protesto só terminou por volta do meio dia, quando o director do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo, Fausto Luís, chegou ao local. "A directora regional de educação do centro mostrou-se inflexível e disse estar a cumprir a lei", comunicou aos encarregados de educação. Após alguma hesitação os pais abriram o estabelecimento, acusando no entanto a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) de mentir. "Tivemos duas reuniões e nunca nos deram essa resposta", assegura João Paulo Lucas.

Problemas no agrupamento

João Paulo Lucas garante não ter nada contra a nova professora. "Trata-se de defender os nossos filhos, o problema não é com os professores", afirma. Destaca ainda a correcção do Agrupamento de Escolas em todo o processo. "Mostraram sempre apoio à nossa posição e também têm necessidade de professores, mas a DREC não foi sensível", sublinha.

O director-adjunto do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo, João Santo, afirma que a DREC foi sensibilizada para o problema em Fevereiro, mas o Agrupamento nunca teve uma resposta oficial da direcção. Acrescenta ainda que a situação da Escola Básica de Espinho não é isolada. "A manutenção desta e de outra professora permitia que o Agrupamento tivesse uma melhor política de qualidade educativa, uma vez que temos alunos com dificuldades, que precisam de uma pessoa mais próxima", garante. O director-adjunto do Agrupamento lembra que este tem tido boas classificações nas avaliações do Ministério da Educação e que tal devia ser tomado em consideração pela DREC.

Contactada pelo JN, a DREC limitou-se a referir que a turma tem uma professora titular ao serviço, pelo que está assegurado o direito dos alunos à educação.


Jornal de Noticias
 
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