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Hospitais lideram reclamações

Rotertinho

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Hospitais lideram reclamações
Utentes apresentaram 53 mil queixas contra serviços de saúde em 2009


As queixas dos utentes dos serviços de saúde aumentaram em 2009, para chegar a perto de 53 mil. Dessas, 62% dizem respeito a hospitais, mais de metade incidem sobre as urgências e a prestação de cuidados e 48% recaem sobre os médicos.

Os números são da Inspecção--Geral das Actividades em Saúde, segundo a qual o crescimento de 14% face a 2008 deve-se essencialmente a uma maior percepção do direito de reclamação por parte dos utentes. E o facto de os hospitais reunirem a maioria das críticas não causa surpresa. Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, atribui o facto a "duas situações": a organização e a cultura. "Os cuidados primários e os hospitais continuam de costas voltadas", apesar da reforma dos primeiros, que "não é, ainda, suficiente".

Resultado, os hospitais mantêm números demasiado elevados de atendimentos nas urgências, parte dos quais caberiam aos centros de saúde. "Com a triagem de Manchester, é óbvio que os casos sem gravidade esperam cada vez mais". E continuam a existir enquanto o utente não for "aos espaços destinados" a cada caso - ou achar que ali será mal atendido.

Números pouco expressivos

O administrador ressalva, contudo, a pouca expressividade da taxa de reclamações: é de 1,66 por mil actos assistenciais nos hospitais e de 0,52 nos centros de saúde. E é secundado por José Luís Catarino, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Nossa Senhora da Conceição, em Valongo, um dos que têm maior taxa de queixas. "Ter 183 reclamações pelo tempo de espera em perto de 65 mil atendimentos nas urgências" não é excessivo, diz, justificando com os picos de gripe, em que doentes não urgentes aguardam horas para serem atendidos. "Não deveriam recorrer ao serviço de urgência", diz. Embora manifeste preocupação, admite que, enquanto não mudar este problema cultural, será "difícil evitar este tipo de queixas".

Quanto ao facto de os médicos serem os mais visados (48% das queixas), Pedro Lopes entende que é por serem quem "está na primeira linha com o doente". Já a diferença entre unidades hospitalares é atribuída a desigualdades regionais na alocação de recursos. Do seu lado, o director-geral da Saúde garante que as reclamações não são ignoradas, mas que não esgotam, só por si, a questão da "qualidade dos serviços prestados".


Jornal de Noticias
 
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