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Ucrânia vai desfazer-se de todo o urânio até 2012

Rotertinho

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Ucrânia vai desfazer-se de todo o urânio até 2012


A Ucrânia anunciou, hoje, segunda-feira, que vai livrar-se de todo o urânio enriquecido até 2012. Este foi o resultado mais assinalável do primeiro dos dois dias da cimeira sobre a segurança nuclear que decorre em Washington. Obama espera conquistar o apoio da China nas sanções contra o Irão.

Kiev tem material nuclear suficiente para várias armas. Ontem, durante as conversações com o presidente dos EUA, fez saber que irá transformar o seu programa nuclear civil de forma a fazê-lo operar apenas com urânio pouco enriquecido.

O anúncio deixou Obama satisfeito. “É algo que os EUA tentaram fazer acontecer durante mais de 10 anos”, disse Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca.

O encontro de dois dias, que hoje termina em Washington, pretende garantir a segurança de todos os materiais nucleares no mundo nos próximos quatro anos para evitar que caiam nas mãos de grupos terroristas ou regimes hostis.

Calcula-se que em todo o mundo existam 1,6 toneladas de urânio enriquecido espalhados por mais de 40 países. Segundo os peritos em armamento, são necessários apenas 25 quilos daquele produto químico para fabricar uma bomba nuclear.

A maior parte do material existente encontra-se guardado em instalações militares nas cinco maiores potências nucleares: Rússia, Estados Unidos, França, China e Reino Unido. Contudo, uma boa parte está espalhada por países imersos em conflitos locais, como Israel, o Paquistão e a Índia.

Ao reunir, em Washington, 47 líderes mundiais para discutir a segurança nuclear, a Administração Obama procura globalizar a luta contra a proliferação e garantir novos apoios no confronto com os programas nucleares do Irão e da Coreia do Norte.

Doravante, “serão os Estados Unidos e o mundo contra o Irão, não apenas os Estados Unidos contra o Irão” disse o analista Robert S. Litwak, da Woodrow Wilson International Center ao "New York Times", sublinhando o grande objectivo político da conferência.

A cimeira propõe-se elaborar novas medidas de controlo da circulação de materiais e tecnologias que permitem produzir armas nucleares e preparar o terreno para a revisão quinquenal do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear) aprazado para Maio, em Nova Iorque.

Trata-se de “tapar os buracos” nas normas do TNP que, acusam analistas americanos, a Coreia e o Irão exploraram habilmente no desenvolvimento das suas ambições nucleares.

Aliás, o programa atómico iraniano é o grande protagonista desta cimeira. O presidente dos EUA aproveitará para conquistar apoios para um novo conjunto de sanções contra o gorverno de Mahmud Ahmadineyad. De todos os apoios que possa conquistar, o do presidente chinês, Hu Jintao, é o mais importante. A presença do presidente chinês na cimeira é vista por Washington como um sinal positivo.

Acredita-se que a China queira dar o seu apoio às sanções contra o Irão, muito embora possa recusar medidas contra o sector energético, que poderiam penalizar as boas relações económicas entre os dois países.


Jornal de Noticias
 
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