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ME "desenvolve iniciativas" para "aperfeiçoar" concursos de professores

Rotertinho

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ME "desenvolve iniciativas" para "aperfeiçoar" concursos de professores


O Ministério da Educação garantiu hoje, quarta-feira, que está "a desenvolver iniciativas" no sentido de "aperfeiçoar" os concursos de colocação de professores.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) contesta que a avaliação de desempenho seja um critério na elaboração da lista de graduação dos docentes no concurso anual para preenchimento das necessidades transitórias, que arrancou na segunda feira.

O maior sindicato de professores defende a prorrogação, por um ano, da disposição que remeteu para este ano a introdução da avaliação no concurso.

"Os concursos são processos que têm as suas especificidades. Estas acentuam-se particularmente em momentos de mudança, requerendo processos de adaptação. Neste contexto, o Ministério da Educação (ME) está a desenvolver iniciativas no sentido de aperfeiçoar este processo", afirma o gabinete da ministra Isabel Alçada, numa nota enviada à agência Lusa.

Na terça feira, o Bloco de Esquerda (BE) também contestou, numa pergunta dirigida ao ME, o uso dos resultados do anterior ciclo de avaliação no concurso, considerando que as classificações obtidas não são "fidedignas".

"Nós entendemos que, depois de todo este processo, de toda esta agitação, deve ser acautelada a possibilidade de se criarem injustiças entre professores com base num modelo de avaliação que não é credível e não dá resultados fiáveis", sublinhou a deputada Ana Drago, para quem é necessária "uma tomada de posição urgente por parte do Ministério".

O BE questiona se a tutela vai optar pela "não inclusão das classificações geradas pelo actual modelo de avaliação, de modo a que as distorções que estas criaram não sejam reflectidas nas colocações dos milhares de professores que agora se candidatam".

Os deputados bloquistas querem também ver esclarecido se o ME vai determinar, "para efeitos de concursos futuros de colocação de docentes, uma norma de exceção de forma a que os resultados do ciclo avaliativo 2007-2009 não venham a gerar injustiças inaceitáveis que resultam da distorção intrínseca do modelo de avaliação docente ainda legalmente em vigor".

Professores voltam à rua se avaliação não for retirada de concurso a decorrer

Os professores vão voltar à rua, garantiu o secretário geral da FENPROF, estrutura que ainda hoje´, quarta-feira, vai lançar on-line um abaixo-assinado contra a inclusão da avaliação de desempenho nos concursos de docentes a decorrer.

Caso o Governo não atenda às reivindicações dos professores, reafirmadas nos últimos dias, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) tenciona mobilizar os docentes contratados que possam deslocar-se ao Ministério da Educação para aí se concentrarem na segunda feira e entregar o documento, anunciou Mário Nogueira.

Ainda hoje seguirá também um pedido de audiência para a Comissão de Educação da Assembleia da República.

"A Assembleia da República tem hoje condições políticas para resolver este problema se o Governo não o quiser fazer", declarou o líder da FENPROF durante uma conferência de imprensa, em Lisboa, que começou com algum atraso por Mário Nogueira estar ainda a desenvolver contactos com o Governo na tentativa de desbloquear a situação.

"O único compromisso que conseguimos do Governo é estar aberto a identificar os problemas e procurar solução para eles, mas esse trabalho está feito. Os problemas estão identificados há muito", afirmou.

"Temos tentado resolver o problema com diálogo, mas o Governo não quis", declarou Mário Nogueira, acrescentando que na segunda feira, caso não haja alteração na situação, os professores dirigir-se-ão ao Ministério da Educação pelas 17 horas para pedir uma reunião e entregar o abaixo assinado.

"Não será uma manifestação, mas convidamos os professores que possam a juntar-se lá", indicou, referindo que haverá acções idênticas no Porto, Coimbra, Faro e Évora junto das direcções regionais de Educação.

Mário Nogueira responsabilizou a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues pelos problemas agora suscitados, já que vem da anterior legislatura o decreto-lei que remeteu para este ano a aplicação da norma em causa.

Para a FENPROF, o Governo ainda vai a tempo de suspender o concurso, "corrigir o formulário" que os docentes preenchem on-line e reabrir o processo dentro de dias, uma vez que está tudo informatizado.

Por outro lado, defende a prorrogação por um ano da disposição que remeteu para este ano a introdução da avaliação no concurso, dando tempo à elaboração do necessário decreto-lei para alterar a situação no próximo ano.

"A introdução da avaliação nos concursos de professores foi uma vingança de Maria de Lurdes Rodrigues. Quando em Dezembro de 2008 os professores estavam em vigília à porta do ministério e tinham uma greve marcada para 19 de Janeiro foi-nos dito que ou a FENPRPF e os sindicatos levantavam a greve ou o Ministério da Educação impunha a avaliação de desempenho nos concursos", declarou.

Mário Nogueira frisou que no caso presente serão criadas situações "extremamente complicadas, perversas e injustas", uma vez que nem todos os professores foram avaliados e os que foram não o foram nos mesmos moldes, dada a "confusão criada".

"Houve escolas que perante a confusão decidiram dar Bom a todos os professores, outras aplicaram as quotas", reafirmou, considerando que hoje os professores sujeitos ao concurso com o actual regime estão "na fronteira entre ter emprego ou não".


Jornal de Noticias
 
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