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Esclarecer gestão e financiamento

Rotertinho

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Esclarecer gestão e financiamento
Projecto para Bolhão bem acolhido com reservas


Aos vereadores do PS e da CDU na Câmara do Porto agradou o projecto-base para a reabilitação do mercado do Bolhão, embora gostassem de ver definidos os modelos de gestão e de financiamento. Já os comerciantes temem a descaracterização.

O vereador Manuel Correia Fernandes, do PS, considera que o projecto base de arquitectura (anteontem apresentado pela Direcção Regional de Cultura do Norte no Congresso Património 2010, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) "preserva aquilo que é necessário preservar". O vereador da CDU, Rui Sá, concorda ser aquele um projecto "que mantém a traça e até a reabilita".

"Só quero lamentar que tenhamos perdido tanto tempo com aquela ideia peregrina do doutor Rui Rio de transformar o mercado num centro comercial", disse. O eleito do PS refere, todavia, que o projecto da cobertura poderia ser mais ambicioso. "Há soluções mais leves e eventualmente retrácteis", referiu.

Outra reserva prende-se com a instalação de restaurantes e cafés. O socialista diz esperar que a galeria "não seja a reedição de uma praça da alimentação de um shopping". A calendarização de obras, que, afirma, deverá salvaguardar a continuidade da venda, é outro aspecto a esclarecer.

Gestão e financiamento

Correia Fernandes gostaria de ter visto o modelo de gestão e exploração mais explícito no projecto de arquitectura, aspecto que parece de pouca relevância a Rui Sá. O vereador da CDU prefere que seja clarificado o modelo de financiamento da reabilitação do mercado. "Rui Rio já falou na venda de participações do Mercado Abastecedor e é preciso saber se subjacente a esta privatização não estará a retirada do Mercado Abastecedor da cidade", afirmou.

Do lado dos comerciantes, há mais reservas. Alcino Sousa, presidente da Associação de Comerciantes do Bolhão, entende que os comerciantes deviam ter sido chamados a presenciar a apresentação do projecto. Miguel Mendonça, da Associação do Mercado Tradicional Bolha d´Água, afirma que "o conceito do mercado em si fica descaracterizado", embora lhe agrade o parque de estacionamento e apenas se oponha à cobertura por uma questão de gosto pessoal. "Acho interessante pôr cafés e restaurantes desde que não açambarque o espaço destinado ao mercado", salientou.

Massena desapontado

O arquitecto Joaquim Massena, autor de um projecto para a reabilitação do Bolhão (que venceu um concurso público lançado pela autarquia em 1998 mas nunca foi executado), lamenta a "duplicação de custos e estudos". Assinala que este desenho não traz "nada de novo" e que o projecto não difere muito da filosofia do projecto da TCN. "A cobertura vai traduzir o mercado num shopping, ao que a cidade já disse 'não, muito obrigada'", salientou. Massena criticou ainda o "secretismo" da apresentação num congresso e lembrou que o seu projecto continua actual. "Pode ser materializado em três meses. E não custa 20 milhões, custa 12,5 milhões. Não percebo do que é que se está à espera", salientou.


Jornal de Noticias
 
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