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Cooperativa nas Areias foi adiada

Rotertinho

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Cooperativa nas Areias foi adiada
Faltam interessados na aquisição das 150 casas


O projecto da cooperativa das Areias, que previa a construção de 150 habitações em Campanhã (Porto), arrisca-se a não sair do papel. A falta de interessados na aquisição das casas, a erguer num terreno cedido pelo Município, adiou, para já, o início da obra.

A ideia nasceu em 2000, mas foram precisos sete anos para a Autarquia formalizar a cedência da parcela municipal. No momento em que o projecto começou a ser lançado pela União de Cooperativas AreiasUcha, a crise económica levou a banca a apertar os critérios de acesso ao crédito, dificultando a aquisição de habitações por parte das famílias de baixos recursos (os principais destinatários do empreendimento), sobretudo casais jovens.

As inscrições, abertas há dois anos, ficaram desertas. "Há uma ausência de sócios para permitir a construção das casas. Houve poucas adesões e mesmo aqueles que aderiram começaram a manifestar desinteresse em continuar", explica Guilherme Vilaverde, presidente da direcção da AreiasUcha, lembrando que o projecto está em fase final de licenciamento. A expectativa da melhoria das condições do mercado levaram as cooperativas a fazer um compasso de espera no ano passado. Agora, não podem esperar mais.

Impossível pagar prestação

O acordo de cedência do terreno nas Areias, estabelecido no início de 2007, obriga as cooperativas a pagarem uma anuidade à Câmara em troca do direito de superfície por 70 anos, prorrogáveis por mais 35. Já foram liquidadas as prestações referentes aos três anos anteriores no valor de 200 mil euros, porém a união não conseguiu saldar a prestação de 2010. "No início deste ano, venceu mais uma prestação do contrato, mas era impossível pagarmos. As cooperativas viram-se impossibilitadas de suportar os custos, porque não têm sócios", adianta. Para solucionar o problema, Guilherme Vilaverde propôs três hipóteses em carta dirigida à Autarquia, com data de 8 de Janeiro.

"A solução que mais nos agradaria, tendo em conta os custos que já tivemos, era que a obra pudesse ser feita e a Câmara assegurasse a aquisição das habitações que a União de Cooperativas edificasse a custos controlados", especifica. Essas casas poderiam ser usadas para o realojamento de famílias que vivem em más condições. A construção dos 150 apartamentos com tipologias T1 a T4 custaria entre 10 a 12 milhões de euros. No entanto, foram apresentadas outras sugestões.

A Autarquia poderia conceder uma "prorrogação dilatada" (pelo menos de dois anos) do prazo para o início da obra, suspendendo o pagamento das prestações devidas pela cedência da propriedades no período decidido. Assim, as cooperativas podiam esperar por uma melhoria das condições do mercado de habitação.

A terceira possibilidade seria a extinção do acordo. A AreiasUcha entregaria o projecto e o terreno nas Areias ao Município. Em troca, a Autarquia devolveria os 200 mil euros já pagos pelas cooperativas, ressarcindo-as, também, dos custos com o projecto. Guilherme Vilaverde já teve uma primeira reunião com os serviços municipais, que se comprometeram a analisar as três hipóteses.


Jornal de Noticias
 
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