Rotertinho
GF Ouro
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Espanha: Braço-de-ferro entre juízes esgasta imagem da Justiça
Garzón rejeita pressões para sair
Os inimigos do juiz espanhol Baltasar Garzón não estão a gostar do impacto internacional negativo para a Justiça espanhola que estão a causar os processos contra ele e, segundo o jornal ‘El País’, decidiram enviar-lhe, através de amigos e pessoas de sua confiança, mensagens que apelam à renúncia do cargo.
"Se te fores embora da Audiência Nacional acabam-se todos os teus problemas", afiançam--lhe. Mas o magistrado já respondeu: "Agora e assim não posso ir."
Apesar destas mensagens indirectas, Garzón já fez saber que não está disposto a ceder. "Se me fosse embora agora, muitos interpretariam isso como uma fuga", justifica o magistrado.
Diz-se que já lhe foi proposto ser juiz de ligação à América Latina, um cargo que seria criado exclusivamente para ele, mas Garzón nega ter alguma vez recebido tal oferta. Publicou-se também que lhe teriam oferecido um cargo no Tribunal Penal Internacional co-mo forma de o neutralizar, mas para isso precisaria do apoio do governo, que tem beneficiado com o seu trabalho contra a ETA e o Batasuna. Fontes judiciais garantiram ainda ao ‘El País’ que Madrid deu instruções ao procurador-geral para que os casos contra Garzón se resolvam rapidamente afim de evitar maior descrédito da Justiça.
A guerra que os juízes conservadores do Supremo travam contra Garzón não é de agora. Consideram-no, na sua maioria, vaidoso, e encaram mal o facto de ele lhes roubar protagonismo, como aconteceu no caso contra o Batasuna. Também não gostam da fama de que goza, que na prática significa que recebem menos do que ele em conferências. Por isso, segundo o ‘El País’, ter-lhe-ão enviado a seguinte mensagem: "Pára imediatamente a pressão mediática contra o Supremo. Isso só te prejudica."
Na quinta-feira, o juiz Baltasar Garzón vai saber se continua ou não a exercer as suas funções. O Conselho do Poder Judicial vai decidir se o suspende.
APONTAMENTOS
BANCO SANTANDER
Baltasar Garzón é acusado de ter arquivado um processo contra o Santander após ter sido convidado a discursar em Nova Iorque em cursos patrocinados pelo banco.
CRIMES DO FRANQUISMO
O juiz é acusado de ter decidido investigar os crimes de franquismo sem ter competência legal.
CASO GÜRTEL
O magistrado é suspeito de ter autorizado ilegalmente escutas a suspeitos presos no caso Gürtel (corrupção).
Correio da Manha
Garzón rejeita pressões para sair
Os inimigos do juiz espanhol Baltasar Garzón não estão a gostar do impacto internacional negativo para a Justiça espanhola que estão a causar os processos contra ele e, segundo o jornal ‘El País’, decidiram enviar-lhe, através de amigos e pessoas de sua confiança, mensagens que apelam à renúncia do cargo.
"Se te fores embora da Audiência Nacional acabam-se todos os teus problemas", afiançam--lhe. Mas o magistrado já respondeu: "Agora e assim não posso ir."
Apesar destas mensagens indirectas, Garzón já fez saber que não está disposto a ceder. "Se me fosse embora agora, muitos interpretariam isso como uma fuga", justifica o magistrado.
Diz-se que já lhe foi proposto ser juiz de ligação à América Latina, um cargo que seria criado exclusivamente para ele, mas Garzón nega ter alguma vez recebido tal oferta. Publicou-se também que lhe teriam oferecido um cargo no Tribunal Penal Internacional co-mo forma de o neutralizar, mas para isso precisaria do apoio do governo, que tem beneficiado com o seu trabalho contra a ETA e o Batasuna. Fontes judiciais garantiram ainda ao ‘El País’ que Madrid deu instruções ao procurador-geral para que os casos contra Garzón se resolvam rapidamente afim de evitar maior descrédito da Justiça.
A guerra que os juízes conservadores do Supremo travam contra Garzón não é de agora. Consideram-no, na sua maioria, vaidoso, e encaram mal o facto de ele lhes roubar protagonismo, como aconteceu no caso contra o Batasuna. Também não gostam da fama de que goza, que na prática significa que recebem menos do que ele em conferências. Por isso, segundo o ‘El País’, ter-lhe-ão enviado a seguinte mensagem: "Pára imediatamente a pressão mediática contra o Supremo. Isso só te prejudica."
Na quinta-feira, o juiz Baltasar Garzón vai saber se continua ou não a exercer as suas funções. O Conselho do Poder Judicial vai decidir se o suspende.
APONTAMENTOS
BANCO SANTANDER
Baltasar Garzón é acusado de ter arquivado um processo contra o Santander após ter sido convidado a discursar em Nova Iorque em cursos patrocinados pelo banco.
CRIMES DO FRANQUISMO
O juiz é acusado de ter decidido investigar os crimes de franquismo sem ter competência legal.
CASO GÜRTEL
O magistrado é suspeito de ter autorizado ilegalmente escutas a suspeitos presos no caso Gürtel (corrupção).
Correio da Manha