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Catalunha apoia Baltasar Garzón

Rotertinho

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Espanha: Juiz espanhol arguido em três processos
Catalunha apoia Baltasar Garzón

O governo da Catalunha, através das associações Memorial Democràtic e Um Clam de Justícia, manifestou ontem apoio ao juiz Baltasar Garzón, arguido em três processos, com um acto solene que decorreu no Auditório da Universidade de Barcelona. Nele participaram representantes de partidos políticos catalães (exceptuando os do Partido Popular, da Convergência e União e da Esquerda Republicana da Catalunha), o ex-chefe do governo catalão Pasqua Maragall, líderes sindicais e intelectuais, incluindo o escritor Nobel português José Saramago.

Sob o lema ‘O esquecimento é um insulto à consciência e à dignidade humanas’, a convocatória pretendeu denunciar o facto de as organizações Falange e Manos Limpias quererem sentar no banco dos réus o magistrado por este querer investigar os danos causados a vítimas da ditadura franquista. A Memorial Democràtic considerou mesmo que o processo sobre os crimes do Franquismo contra Garzón "constitui um ataque aos princípios básicos da democracia".

Garzón, recorde-se, é arguido em três processos: um sobre o patrocínio que terá recebido do Banco Santander quando estava em Nova Iorque para depois arquivar um caso contra aquela instituição, outro sobre crimes do Franquismo, que aceitou julgar alegadamente sem ter competência, e um terceiro sobre escutas ilegais a suspeitos presos no caso de corrupção Gürtel. Além daquele acto, foi convocada uma concentração para o próximo sábado, igualmente para denunciar os processos a Garzón, aceites pelo Supremo Tribunal de Espanha.

O julgamento de um dos juízes mais mediáticos está a dividir os espanhóis e a desgastar a imagem da Justiça espanhola, mesmo a nível internacional, com vários jornais a tomarem posição a favor de Garzón. Ontem, a Nobel da Paz guatemalteca Rigoberta Menchu solidarizou-se também com o magistrado, fazendo um apelo à Justiça espanhola para esta "não deixar de ser um paradigma contemporâneo na aplicação da Justiça universal".

ORGANIZAÇÕES PEDEM 20 ANOS DE INABILITAÇÃO

As organizações Falange Espanhola e Manos Limpias solicitaram 20 anos de inabilitação das funções para o juiz Baltasar Garzón, por este pretender julgar crimes da ditadura franquista sem, segundo elas, ter competência para tal. Recorde-se que o Supremo Tribunal vai decidir amanhã se suspende o juiz das suas funções. Associações da Memória Histórica, familiares de vítimas do Franquismo, intelectuais, actores e o realizador Pedro Almodóvar criaram a Plataforma contra a Impunidade do Franquismo, para apoiar Garzón.

APONTAMENTOS

DEFESA

O juiz Baltasar Garzón alega, no processo sobre o patrocínio do Banco Santander, que o dinheiro foi usado pela Universidade de Nova Iorque e que ele não recebeu um tostão

PRESSÃO

Segundo o jornal ‘El País’, o juiz tem recebido mensagens, de forma indirecta, que o exortam a renunciar ao seu cargo em troca do arquivamento dos processos, mas Garzón já fez saber que não se vai embora agora.


Correio da Manha
 
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