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Perigos na EN 222 estudados a fundo

Rotertinho

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Perigos na EN 222 estudados a fundo
Meia Maratona pode ter de desviar trajecto


A Estradas de Portugal vai começar hoje com sondagens na encosta que ameaça desmoronar e destruir parte da EN222, entre o lugar do Torrão e a barragem de Bagaúste, em Lamego. A obra de consolidação é complexa e não tem data de conclusão.

O local da derrocada de 27 de Fevereiro e que obrigou ao encerramento da via ao tráfego foi ontem visitado pelo vice-presidente da Estradas de Portugal (EP), Eduardo Gomes, na companhia do governador civil de Viseu, autarcas e outras entidades. E foi ali, junto às barreiras de betão que impedem a passagem, que explicou que "tudo isto parece um fenómeno muito simples, de um muro que caiu, mas não é. É preciso uma intervenção tecnicamente sofisticada e vai demorar algum tempo".

Tal como o JN avançou ontem, a instabilidade alastra a todo o talude, muito íngreme, com cerca de 60 metros de altura, e que durante a instalação de uma vinha foi, segundo Eduardo Gomes, "intervencionado de forma ambiciosa, muito contra àquilo que era o perfil natural do talude". A insegurança acabou por ser potenciada pelo Inverno muito chuvoso.

As sondagens agora iniciadas vão permitir "perceber a que profundidade está instabilizado o talude". Findo o processo será equacionada a intervenção física. Porém, o responsável não se comprometeu com datas. "Esperemos que dentro de algumas semanas possamos ter obra", sintetizou.

O que torna tão complexo este processo é o facto de ter de se intervir em terrenos particulares, cujos proprietários ainda não manifestaram a intenção de se responsabilizar pela resolução do problema. Apenas autorizaram a EP a entrar na propriedade. Eduardo Gomes notou que "há um conjunto de tramitações jurídico-administrativas que não são simples nem tão prontas quanto as pessoas e a EP desejariam".

O autarca de Lamego, Francisco Lopes, ficou satisfeito com a disponibilidade da Estradas de Portugal para resolver o problema da EN222, mas insiste que a via "precisa de um conjunto de intervenções de fundo e de alternativas também". Frisou que, actualmente, "não assegura as condições de funcionalidade que o Douro exige". O chefe da Missão do Douro, Ricardo Magalhães, entende que vai ser necessário "fiscalizar melhor" as intervenções nas encostas sobranceiras àquela estrada, nomeadamente quando são desviadas linhas de água. É que, "Deus perdoa sempre, o Homem às vezes, mas a Natureza nunca perdoa".

Maratona em risco

Entretanto, a empresa Global Sport, que organiza a Meia Maratona do Douro, agendada para 23 de Maio, já veio manifestar a sua preocupação. Pois com a EN222 cortada pode estar em causa a realização do evento. O vice-presidente da EP prometeu apenas "uma reavaliação do risco numa data mais próxima do evento", ressalvado que "o imperativo da segurança há-de se sobrepor a todos os outros".

A comitiva também foi ontem constatar o estado de degradação da EN222, entre Bateiras (perto do Pinhão) e S. João da Pesqueira. A EP já concluiu que o troço é "prioritário em termos de intervenção", sendo que a sua execução está "prevista para o próximo ano".


Jornal de Noticias
 
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