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Polis Ria ainda não tem financiamento assegurado

Rotertinho

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Polis Ria ainda não tem financiamento assegurado
Comunidade Intermunicipal culpa Instituto da Natureza pelo atraso

Noventa e seis milhões de euros previstos para os 150 projectos do Polis Litoral Ria de Aveiro estão apenas referenciados no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional. É urgente a apresentação de projectos para a obtenção de financiamento.

Catorze meses depois de ter sido constituída a Sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, o financiamento para os 150 projectos de intervenção previstos ainda não está assegurado e por isso é preciso "agilizar" os processos e "não criar problemas onde não os há". Quem o disse foi Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), um dos parceiros nesta sociedade que conta ainda com a Parque Expo e a Administração Regional Hidrográfica do Centro (ARHC), durante a sessão pública de apresentação do Relatório Ambiental Preliminar, anteontem. Um documento sujeito a discussão pública e que é apresentado com "três a quatro meses de atraso", acrescentou.

Este atraso poderá retardar todos os processos seguintes, uma vez que decorre das obrigações legais e tem de estar "cumprido" antes de se avançar para as intervenções no terreno ou para o financiamento. Mas na opinião de Ribau Esteves existe uma explicação para este atraso e um culpado: "O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade tem de deixar de criar problemas onde não os há, só atrasam os processos". Contudo, Ribau garante que "este atraso não é crítico". "Ainda estamos a tempo", pois "o sustento financeiro ainda não está garantido, apenas referenciado, mas é preciso começar a apresentar projectos". O Polis Ria prevê um investimento de 96 milhões de euros em projectos de requalificação e valorização da zona lagunar e costeira da região (entre Espinho e Mira) até 2013.

Na apresentação do relatório ambiental, foram destacadas oportunidades que irão surgir com este programa, desde logo a minimização dos fenómenos erosivos a sul do porto, através da transposição de sedimentos retidos no molhe norte. De referir ainda as operações de reforço dos sistemas dunares, as melhorias dos processos de desassoreamento dos canais e o ordenamento e valorização das actividades piscatórias.

Críticas ao porto

Ouviram-se sugestões e críticas, sobretudo ao Porto de Aveiro, identificado pela maioria (juntas de freguesia e associações) como "o principal culpado pelo estado actual da ria". A falta de projectos que envolvam a agricultura e salicultura também foram apontados como uma falha do Polis Ria de Aveiro.

Santos Sousa, presidente da Câmara da Murtosa, pediu "especial atenção aos efeitos negativos do Porto de Aveiro na zona norte da ria. É preciso acautelar esses impactos que estão relacionados com a entrada e saída das águas e com a salinização dos campos", alertou.

Teresa Fidélis,presidente da ARHC, lembrou que o Polis "não é a salvação para todos os problemas". "São intervenções que irão acautelar situações urgentes e melhorar muitas das condições actuais", disse a presidente da ARHC.


Jornal de Noticias
 
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