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Governo não tinha de aceitar

Rotertinho

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Governo não tinha de aceitar
Paes do Amaral disse que a PT recusou sempre o TVI 24


O ex-presidente do Conselho de Administração da TVI, Paes do Amaral, disse na comissão de inquérito que, pretendendo a PT adquirir parte minoritária da TVI e tratando-se de uma empresa nacional, não considera ser necessário o Governo ter de dar "o beneplácito".

A última questão colocada a Miguel Paes do Amaral, ao fim de hora e meia de audição na comissão de inquérito, revelou-se a mais importante. Pacheco Pereira perguntou "se é materialmente possível fazer um grande negócio na área da comunicação social sem o beneplácito do Governo, seja este ou outro qualquer?". E o depoente respondeu que sim, é.

Se a posição a adquirir nessa empresa de comunicação social, no caso a TVI, é minoritária e se o comprador é uma empresa nacional, "não vejo necessidade do Governo dar o beneplácito", disse o antigo responsável máximo pelo canal de Carnaxide.

Uma opinião que esvazia a importância dada pelo Governo, na altura, ao veto ao negócio, mas que também indicia, como Paes do Amaral referiu ao longo da audição, que funcionando a PT como uma empresa privada poderia ter encetado negociações com vista a esta compra sem ter dado conhecimento à tutela governamental.

João Almeida, do CDS-PP, insistiu em saber se no entender do gestor o interesse da PT na TVI se devia a questões puramente comerciais. "Estamos a falar de números muito elevados para que os critérios não sejam puramente estratégicos", pois ninguém "vai gastar 700 ou 800 milhões de euros só para ter influência", disse.

Gestor justifica posição da PT

João Semedo, do BE, recuou à venda da TVI à Prisa, em 2005, para questionar se nesse negócio houve contactos entre o primeiro-ministro e os espanhóis da Prisa. " Não sei, não era do meu conhecimento" - foi a resposta. Mas Paes do Amaral opinou que Mário Lino "pode não não saber o que se passa na PT", porque "é uma empresa privada, com capitalização bolsista de sete biliões de euros cujo capital está em mãos estrangeiras e é gerida por dois excelentes profissionais, com capacidade de decidir por si as operações que a PT pode ou não fazer".

Por outro lado, Paes do Amaral queixou-se de nunca ter conseguido, enquanto esteve à frente da TVI, que a PT aceitasse um novo canal (por cabo) apenas de informação, o TVI 24. "Penso que havia um acordo com a SIC", referiu, frisando que "a TVI foi muito prejudicada por a SIC ter quatro canais cabo e a TVI nem um".

Sobre a saída de Manuela Moura Guedes, em Dezembro de 2005, o gestor aludiu a um estudo de imagem que encomendou sobre os pivôs da estação, em que ela "saiu muito mal". O estudo "foi posto na gaveta e nunca avançou, porque essa pivô era mulher do director-geral de Informação".

Ainda assim, "renovou-lhe o contrato e duplicou-lhe o salário", notou João Almeida: "Não me lembro desse detalhe", respondeu Paes do Amaral, admitindo que, depois de os salários estarem muito tempo estagnados, algumas pessoas tiveram "aumentos substanciais".


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