Rotertinho
GF Ouro
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Salgueiro Maia, o capitão que brincou aos cowboys em Castelo de Vide
O capitão de Abril Salgueiro Maia é recordado pelos seus amigos na vila alentejana de Castelo de Vide como um "miúdo corajoso" que gostava de brincar aos cowboys, envergando sempre a figura do xerife.
"As nossas brincadeiras eram sempre em redor dos cowboys. O Fernando Salgueiro Maia era sempre o xerife e dava sempre as ordens", recordou Vítor Guimarães, em declarações à agência Lusa.
"Era um indivíduo impecável. Para mim foi uma grande perda pois era um grande amigo", sublinhou.
Com a voz embargada, Vítor Guimarães fez ainda questão de frisar que "todas as vezes que eu vou ao cemitério acompanhar alguém, não posso deixar de passar pela campa dele".
Nascido a 01 de Julho de 1944 em Castelo de Vide, na Rua de Santo Amaro, número 15, Salgueiro Maia partiu muito jovem com os pais daquela região rumo ao Ribatejo, zona onde o seu pai conseguiu trabalho nos caminhos de ferro.
Mas, de acordo com a população, deixou amigos em Castelo de Vide que ainda hoje o recordam com "muita saudade".
Na estreita artéria onde nasceu, rodeada de casarios envelhecidos, as recordações sobre Salgueiro Maia são muito poucas ou nenhumas, mas nos cafés e na barbearia da vila o capitão de Abril é uma das principais referências quando se fala em figuras que marcaram Castelo de Vide.
"O Fernando era um homem com letra grande. Em pequeno (risos), o Salgueiro Maia faz-me lembrar agora os políticos na Assembleia da Republica, pois só ele é que queria falar", ironizou, Vítor Guimarães.
"Logo desde pequenino tinha o dom do comando", acrescentou.
Em declarações à Lusa, João Marmelo, barbeiro em Castelo de Vide há mais de 60 anos, relembrou que cortou por "diversas vezes" o cabelo a Salgueiro Maia.
"Já em miúdo andava sempre com o cabelo muito curto. Já tinha tendências para a vida militar mas era uma criança normal e nada tímida", contou.
"Gostava muito de ir para o campo brincar com as outras crianças, era um miúdo um bocado forte na altura", acrescentou.
João Marmelo, amigo de Francisco da Luz Maia, pai do capitão de abril, recordou ainda que Salgueiro Maia visitava com "frequência" o seu avô paterno que vivia na estação de caminhos de ferro de Castelo de Vide.
Recordado com carinho pelos amigos, a memória de Salgueiro Maia é preservada pelos populares daquela vila como um "pequeno tesouro", pois não há "castelo-vidense" que não se encha de orgulho ao afirmar: "O capitão de abril nasceu aqui".
Salgueiro Maia ficou para a história de Portugal ao ter comandado as forças que avançaram sobre Lisboa no dia 25 de Abril de 1974, pondo fim à ditadura do Estado Novo e levando à rendição do chefe do Governo Marcelo Caetano.
Jornal de Noticias
O capitão de Abril Salgueiro Maia é recordado pelos seus amigos na vila alentejana de Castelo de Vide como um "miúdo corajoso" que gostava de brincar aos cowboys, envergando sempre a figura do xerife.
"As nossas brincadeiras eram sempre em redor dos cowboys. O Fernando Salgueiro Maia era sempre o xerife e dava sempre as ordens", recordou Vítor Guimarães, em declarações à agência Lusa.
"Era um indivíduo impecável. Para mim foi uma grande perda pois era um grande amigo", sublinhou.
Com a voz embargada, Vítor Guimarães fez ainda questão de frisar que "todas as vezes que eu vou ao cemitério acompanhar alguém, não posso deixar de passar pela campa dele".
Nascido a 01 de Julho de 1944 em Castelo de Vide, na Rua de Santo Amaro, número 15, Salgueiro Maia partiu muito jovem com os pais daquela região rumo ao Ribatejo, zona onde o seu pai conseguiu trabalho nos caminhos de ferro.
Mas, de acordo com a população, deixou amigos em Castelo de Vide que ainda hoje o recordam com "muita saudade".
Na estreita artéria onde nasceu, rodeada de casarios envelhecidos, as recordações sobre Salgueiro Maia são muito poucas ou nenhumas, mas nos cafés e na barbearia da vila o capitão de Abril é uma das principais referências quando se fala em figuras que marcaram Castelo de Vide.
"O Fernando era um homem com letra grande. Em pequeno (risos), o Salgueiro Maia faz-me lembrar agora os políticos na Assembleia da Republica, pois só ele é que queria falar", ironizou, Vítor Guimarães.
"Logo desde pequenino tinha o dom do comando", acrescentou.
Em declarações à Lusa, João Marmelo, barbeiro em Castelo de Vide há mais de 60 anos, relembrou que cortou por "diversas vezes" o cabelo a Salgueiro Maia.
"Já em miúdo andava sempre com o cabelo muito curto. Já tinha tendências para a vida militar mas era uma criança normal e nada tímida", contou.
"Gostava muito de ir para o campo brincar com as outras crianças, era um miúdo um bocado forte na altura", acrescentou.
João Marmelo, amigo de Francisco da Luz Maia, pai do capitão de abril, recordou ainda que Salgueiro Maia visitava com "frequência" o seu avô paterno que vivia na estação de caminhos de ferro de Castelo de Vide.
Recordado com carinho pelos amigos, a memória de Salgueiro Maia é preservada pelos populares daquela vila como um "pequeno tesouro", pois não há "castelo-vidense" que não se encha de orgulho ao afirmar: "O capitão de abril nasceu aqui".
Salgueiro Maia ficou para a história de Portugal ao ter comandado as forças que avançaram sobre Lisboa no dia 25 de Abril de 1974, pondo fim à ditadura do Estado Novo e levando à rendição do chefe do Governo Marcelo Caetano.
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