Nelson14
GF Platina
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Espanha: aluna proibida de frequentar aulas porque usa véu
Najwa Malha, de 16 anos, está fechada em casa, mas o seu nome anda nas bocas dos espanhóis e nas parangonas dos jornais. A adolescente desafiou as regras da escola pública que frequenta e, agora, o caso já catapultou dos subúrbios de Madrid para assunto nacional.
E o que fez Najwa? Quis o usar o véu muçulmano, hijab, na sala de aula. O regulamento interno da escola diz que é proibido assistir às aulas com a cabeça coberta, sejam eles gorros, chapéus ou véus.
Najwa é cidadã muçulmana, de origem marroquina e é, primeiro, cidadã espanhola. O assunto divide a sociedade, partidos políticos e até ministros.
A ministra espanhola dos Assuntos Sociais, Trinidas Kiménez, entende que não há necessidade de proibir ou de regular o véu. Opinião diferente tem a ministra da Igualdade, Bibiana Aído, que é contra a utilização do véu islâmico nas mulheres.
As associações islâmicas criticam a escola e o governo regional, de Direita, que apoia a decisão da escola. Já há mesmo acusações de que a Direita é «islamofóbica».
No limbo entre o direito à liberdade religiosa e o direito à educação, assim corre (ou não) a vida de Najwa. Os pais não querem perder a batalha, mas estão preocupados com a filha que, afirmam, está deprimida.
Depois de Najwa, outras alunas desafiaram a escola e surgiram com véus islâmicos. Impávido, o colégio não volta atrás. Muito pelo contrário, veio a confirmar a regra do regulamento por maioria absoluta.
A questão não é nova e extravasa as fronteiras espanholas. Em França, o presidente Sarkosy quer proibir o véu em nome da dignidade das mulheres. Também lá não há consenso.
IOL