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PSD não desiste de ouvir de novo Rui Pedro Soares

Rotertinho

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PSD não desiste de ouvir de novo Rui Pedro Soares
Silêncio perante comissão de inquérito pode custar a ex-administrador da PT incriminação por desobediência

Jaime Gama despachou, ontem à noite, quinta-feira, a participação à PGR contra Rui Pedro Soares, por se ter recusado a falar na comissão de inquérito ao negócio PT/TVI. O PSD, porém, mantém a intenção de assegurar nova audição ao ex-administrador da Portugal Telecom.

"Podemos voltar a chamá-lo. O requerimento que apresentámos não é incompatível com o processo", adiantou, ao JN, Pedro Duarte, explicando que o PSD quer dar-lhe "uma segunda oportunidade". De acordo com o deputado social-democrata, será sempre possível, a qualquer momento, "retirar o pedido" que seguiu para o Ministério Público, no sentido de ser apreciado a conduta do depoente, que pode ser acusado de desobediência qualificada.

O risco de a eficácia da comissão de inquérito ser posta politicamente em causa, na sequência do mutismo de Rui Pedro Soares, chegou a ser colocado. O deputado socialista Ricardo Rodrigues revelou ao JN ter dito aos representantes da Oposição que, se consideram mesmo indispensável o depoimento, então a ausência dele comprometeria as conclusões da comissão de inquérito. Ainda assim, Ricardo Rodrigues está convencido de que os trabalhos da comissão não serão afectados. E não acredita que Armando Vara, cuja audição está marcada para a próxima segunda-feira, adopte uma atitude semelhante à de Rui Pedro. É que se este invocou a condição de arguido no processo do Tagus Park, que tem conexões com a matéria em análise na comissão, Vara não o pode fazer, porque é arguido, sim, mas no caso "Face Oculta".

"A minha outra arma é o silêncio", argumentara, perante os deputados, o ex-administrador da PT, assegurando: "Não me disponho a responder a nenhuma pergunta. É um direito que me assiste e do qual não prescindo". O presidente da comissão, Mota Amaral leu o artigo legal correspondente: do princípio da não-auto-incriminação, apesar dos protestos da Oposição de que não poderia ser aberto um precedente.

João Semedo, do BE, considerou o argumento falacioso, por não estar em curso qualquer processo judicial sobre este negócio. E Pacheco Pereira, do PSD, apontou o facto de Rui Pedro ter dito que usou abusivamente o nome de Sócrates (ler caixa), argumentando que teria, pelo menos, de explicar o que queria dizer.

Rui Pedro Soares, que como administrador da PT tratou do negócio de compra da TVI, declarara, no início da audição, que só responderia às duas questões que originaram o inquérito: se houve ingerência do Governo no negócio e se José Sócrates mentiu ao Parlamento quando disse, a 24 de Junho de 2009, desconhecer a intenção de compra do canal. Afirmou desconhecer qualquer interferência - "durante a minha intervenção [nesse processo] nunca conheci nenhum elemento que o contrarie" e acusou alguns deputados de acreditarem que foi o Governo que o meteu na PT, que ganhava 2,5 milhões de euros e não era qualificado para a função, assim duvidando da opinião de "pessoas do gabarito" de Zeinal Bava e de Henrique Granadeiro.


Jornal de Noticias
 
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