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Justiça alemã propõe multa à Ferrostaal

Rotertinho

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Justiça alemã propõe multa à Ferrostaal
Pagamento é condição para arquivamento de suspeitas de corrupção


O Ministério Público (MP) alemão propõe à Ferrostaal, empresa do consórcio vendedor de submarinos a Portugal, que pague uma multa de 240 milhões de euros, para ver arquivado o processo de corrupção em que é investigada, noticiou ontem a "Manager Magazin".

A notícia da revista alemã antecipou informação a publicar hoje, em trabalho alargado. A "manager Magazin" também adiantou que o MP de Munique reclama, ainda, a demissão do actual presidente executivo da Ferrostaal, Matthias Mitschlerlich. É a ele que é imputada a responsabilidade legal pela conduta da empresa, embora o visado refute as acusações de que é alvo.

Tanto o pagamento da multa ao Estado alemão como a demissão de Mitschlerlich são condições do MP de Munique para arquivar o processo em que terá apurado indícios de que a Ferrostaal pagou subornos para vencer concursos de equipamento militar abertos por países estrangeiros. A "Manager Magazin" aponta, entre outros países envolvidos em práticas corruptivas, Portugal, Grécia, Argentina, Colômbia e Indonésia.

A revista particularizou, ontem, os navios vendidos à Grécia de 2000 a 2002. Tal como no negócio dos submarinos para Portugal, a Ferrostaal era o parceiro comercial do estaleiro construtor, da HDW em Kiel. O MP alemão ter-se-á deparado, no caso grego, com pagamentos de serviços de consultoria, feitos pela Ferrostaal, sem identificar o trabalho realizado pelas empresas credoras.

Por cá, o MP português também investigará o destino final da comissão de mais de 20 milhões de euros recebidos pela Escom, empresa do Grupo Espírito Santo que representa o GSC no negócio dos submarinos. Parte daquele montante é justificada em facturas trocadas entre a Escom e empresas de sectores diversos, mas faltará apurar se estão em causa serviços fictícios que serviriam para ocultar o pagamento de subornos a quem possa ter influenciado o resultado do concurso.

Na Alemanha, o MP escusou-se a "confirmar ou desmentir", à agência Lusa, a notícia da "Manager Magazin". A Ferrostaal também não quis comentá-la, ao JN.

A empresa só confirmou que 70% do seu capital é detido pelo IPIC - fundo petrolífero de Abu Dahbi. A entrada do IPIC na Ferrostaal deu-se em Março de 2009, com efeitos contabilísticos retroactivos, a partir de Janeiro de 2008. Os restantes 30% são da MAN.


Jornal de Noticias
 
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