Rotertinho
GF Ouro
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Comentário: Um benefício para a Igreja
No ano de 1910 e nos que se seguiram viveu-se em Portugal um ambiente de anti-clericalismo. O fenómeno não era apenas português, nem começou naquele ano. A implantação da República não trouxe apenas consigo a separação da Igreja e do Estado, mas o início de uma perseguição à Igreja e, de forma particular, aos clérigos.
A separação trouxe à Igreja algo que até então se encontrava limitado: o poder de exercer o seu serviço profético. A Igreja, livre dos grilhões do Estado, pôde então denunciar as injustiças e demais fragilidades existentes na sociedade. O resultado foi imediato: a deportação de todos os bispos portugueses para o exílio. Centenas de padres presos, por defenderem o exercício de liberdade de religião e muitos ataques à Igreja.
Seria então o problema a instauração da República? Não! O problema é de outra natureza. A força política quis controlar o incontrolável: a religião. Quer as Monarquias, quer as Repúblicas, quer Autarquias ou outras formas de poder desejam sempre o mesmo: controlar os padres e a religião. Proibiram as procissões. Proibiram o tocar dos sinos. Fecharam as igrejas. Prenderam os padres "incontroláveis".
Afonso Costa chegou a dizer: "Em duas gerações a Igreja acabará em Portugal". Porém, a Igreja é uma força incontrolável, porque brota de uma relação com um Deus e não de um qualquer poder político. A separação entre a Igreja e o Estado foi mais desejada pela Igreja do que pelo Estado.
Jornal de Noticias
No ano de 1910 e nos que se seguiram viveu-se em Portugal um ambiente de anti-clericalismo. O fenómeno não era apenas português, nem começou naquele ano. A implantação da República não trouxe apenas consigo a separação da Igreja e do Estado, mas o início de uma perseguição à Igreja e, de forma particular, aos clérigos.
A separação trouxe à Igreja algo que até então se encontrava limitado: o poder de exercer o seu serviço profético. A Igreja, livre dos grilhões do Estado, pôde então denunciar as injustiças e demais fragilidades existentes na sociedade. O resultado foi imediato: a deportação de todos os bispos portugueses para o exílio. Centenas de padres presos, por defenderem o exercício de liberdade de religião e muitos ataques à Igreja.
Seria então o problema a instauração da República? Não! O problema é de outra natureza. A força política quis controlar o incontrolável: a religião. Quer as Monarquias, quer as Repúblicas, quer Autarquias ou outras formas de poder desejam sempre o mesmo: controlar os padres e a religião. Proibiram as procissões. Proibiram o tocar dos sinos. Fecharam as igrejas. Prenderam os padres "incontroláveis".
Afonso Costa chegou a dizer: "Em duas gerações a Igreja acabará em Portugal". Porém, a Igreja é uma força incontrolável, porque brota de uma relação com um Deus e não de um qualquer poder político. A separação entre a Igreja e o Estado foi mais desejada pela Igreja do que pelo Estado.
Jornal de Noticias