Rotertinho
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Rui Rio contesta "politização"da justiça
Porto
A justiça está demasiado "politizada" e poder político tem sido "demasiado fraco" para reformar um dos principais pilares do Estado de Direito.
Essa foi a mensagem que Rui Rio deixou, ontem, na cerimónia invocativa do 36º aniversário do 25 de Abril, na Câmara do Porto, e em que foram entregues medalhas da cidade a dez personalidades.
O alerta há muito que anda a ser feito pelo presidente da Câmara do Porto, tendo por várias vezes gerado polémica, como quando, em 2007, pediu à Polícia para não "baixar os braços" face a uma "justiça completamente caótica". Ainda nas autárquicas de Outubro passado, o autarca criticou uma "inadmissível politização da justiça e a consequente interferência no campo da decisão eminentemente política". E pediu coragem para se encetar reformas.
"Algumas virgens ofendidas"
Ontem, aproveitando as comemorações do 25 de Abril, Rui Rio insistiu, apesar de dizer que, "muitas vezes", tem "sentido na pele as consequências das críticas" à situação em que a justiça se encontra. "Hoje, há demasiada politização da justiça e demasiada judicialização da política", afirmou.
A quem o critica, respondeu, assim, por antecipação: "Poderão algumas virgens ofendidas insurgirem-se contra o que acabo de dizer, mas, para mim, é claro que só não o quer reconhecer quem se precisa acoitar no discurso hipócrita e politicamente correcto".
Para Rui Rio, são prova da "profundíssima crise" da justiça "o excesso de sentenças contraditórias, a arrogância com que muitos actores do sistema se comportam e o tique corporativo". Quanto ao combate à corrupção, diz que "a imoralidade chega ao ponto" de se lançarem "sistemáticas suspeitas" para todo o lado". Tudo isso acontece, segundo o autarca, porque falta "coragem" ao poder político para fazer o que lhe compete: reformar.
Jornal de Noticias
Porto
A justiça está demasiado "politizada" e poder político tem sido "demasiado fraco" para reformar um dos principais pilares do Estado de Direito.
Essa foi a mensagem que Rui Rio deixou, ontem, na cerimónia invocativa do 36º aniversário do 25 de Abril, na Câmara do Porto, e em que foram entregues medalhas da cidade a dez personalidades.
O alerta há muito que anda a ser feito pelo presidente da Câmara do Porto, tendo por várias vezes gerado polémica, como quando, em 2007, pediu à Polícia para não "baixar os braços" face a uma "justiça completamente caótica". Ainda nas autárquicas de Outubro passado, o autarca criticou uma "inadmissível politização da justiça e a consequente interferência no campo da decisão eminentemente política". E pediu coragem para se encetar reformas.
"Algumas virgens ofendidas"
Ontem, aproveitando as comemorações do 25 de Abril, Rui Rio insistiu, apesar de dizer que, "muitas vezes", tem "sentido na pele as consequências das críticas" à situação em que a justiça se encontra. "Hoje, há demasiada politização da justiça e demasiada judicialização da política", afirmou.
A quem o critica, respondeu, assim, por antecipação: "Poderão algumas virgens ofendidas insurgirem-se contra o que acabo de dizer, mas, para mim, é claro que só não o quer reconhecer quem se precisa acoitar no discurso hipócrita e politicamente correcto".
Para Rui Rio, são prova da "profundíssima crise" da justiça "o excesso de sentenças contraditórias, a arrogância com que muitos actores do sistema se comportam e o tique corporativo". Quanto ao combate à corrupção, diz que "a imoralidade chega ao ponto" de se lançarem "sistemáticas suspeitas" para todo o lado". Tudo isso acontece, segundo o autarca, porque falta "coragem" ao poder político para fazer o que lhe compete: reformar.
Jornal de Noticias