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Presença de Portugal na ExpoXangai é "chocante", diz Amnistia Internacional

Rotertinho

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Presença de Portugal na ExpoXangai é "chocante", diz Amnistia Internacional


A secção portuguesa da Amnistia Internacional considera "escandalosa" e "chocante" a participação de Portugal na Expo Xangai2010, sem que haja contrapartidas em relação às violações dos direitos humanos na China.

Teresa Nogueira, responsável da Amnistia Internacional (AI) em Portugal para as questões da China, considerou hoje a Expo Xangai como mais uma manifestação de afirmação da China no mundo, tentando esconder os seus grandes problemas de direitos humanos, mas também ambientais e económicos.

"É chocante. A China pretende afirmar-se na cena internacional para poder impor as suas condições económicas", afirmou Teresa Nogueira.

"Estes grandes eventos ajudam a impor-se sem contrapartidas de exigência dos outros países, que vão a correr, prestar homenagem de forma quase servil", situação que considerou como "escandalosa".

Por isso, a responsável da AMI defende que se aproveite o evento para "muito fortemente" fazer ver à China que está a "fugir de todas as normas internacionais que ela própria subscreveu".

Esta chamada de atenção pode ser feita sempre que há deslocações de alto nível e que há conversações com dirigentes chineses, que aproveitam estes acontecimentos para negócios, defendeu.

"Nessa altura deveriam fazer decorrer o cumprimento dos negócios da conformidade da China a um certo número de direitos humanos e à libertação de presos. Mas é preciso que esses compromissos sejam monitorizados", acrescentou Teresa Nogueira.

Afirmando que a China "não é um Estado de direito", Teresa Nogueira considera imperativo que qualquer acordo sobre os direitos humanos seja monitorizado e que os negócios fechados possam deixar de ter cumprimento em caso de violação de protocolo.

"Os países livres parecem esquecer-se de que o não cumprimento dos direitos humanos leva a sérios problemas económicos nos seus próprios países", alertou.

Segundo a responsável, quando a China usa trabalho forçado e não cumpre as normas ambientais está a praticar concorrência desleal, e aceitando isto os restantes países estão a pactuar com a asfixia económica.

Um grupo de activistas que se intitula "Liga das Vítimas Chinesas" alertou para o desalojamento forçado, sem compensação suficiente, de vários dos 600 mil residentes que viviam na área da Expo 2010, situação que Teresa Nogueira considerou como "bastante provável", apesar de não ter ainda informações concretas.

A responsável lembrou que a China prende activistas e os advogados que os defendem e salientou a existência de trabalho forçado nos campos de reeducação, referindo que a China é também o país que mais gente condena, em todo o mundo, à pena de morte.

A China investiu 400.000 milhões de yuan (quase 40 mil milhões de euros) para, através da Expo 2010 em Xangai, mostrar o crescente poder do país entre as potências mundiais.

A Expo de Xangai decorre entre 01 de maio a 31 de Outubro de 2010. Segundo a organização, deverá atrair entre 70 e 100 milhões de visitantes.


Jornal de Noticias
 
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