Rotertinho
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Rui Pedro Soares levou TVI à Tagus
Comissão parlamentar ouviu presidente da Taguspark
O nome de Rui Pedro Soares é incontornável sempre que o assunto é a compra de parte do capital da empresa proprietária da TVI. Ontem, terça-feira, na comissão de inquérito, ficou claro que também partiu dele a sugestão para que a Taguspark fizesse negócio.
Quem convidou Américo Thomati para presidente da comissão executiva da Taguspark foi Rui Pedro Soares. Foi também este socialista quem convidou o gestor para participar em reuniões com possíveis investidores para "preparar a ideia de negócio" com a TVI. Foi ainda Rui Pedro Soares quem, mais tarde, informou Thomati do interesse da PT pelo canal televisão.
Foi assim que o nome de Rui Pedro Soares esteve sempre presente em três horas de audição do gestor, que é arguido no processo judicial Taguspark/Luís Figo, tal como, outra vez, Rui Pedro Soares, que era administrador não executivo da empresa, em representação da PT.
Thomati, que disse não tencionar demitir-se, começou por garantir que foi sua a ideia de criar um "cluster" de media no Tagus Park, mas logo a seguir admitiu que a hipótese do negócio da TVI veio de Soares. Primeiro, afirmou aos deputados que esse "embrião de negócio" se integrava na opção estratégia da empresa, numa segunda fase explicou que tudo foi abandonado por não haver "dúvidas de enquadramento jurídico e estatutário e impossibilidade de encaixa financeiro". Neste último argumento o gestor entrou em contradição, começando por falar em "280 ou 300 milhões de euros" e a seguir, dizendo que "não se falou de verbas".
Confrontado por Pacheco Pereira com o documento que integra o processo Taguspark/Figo, oriundo do escritório de José MIguel Júdice, e que indica a possibilidade de alterações de chefias na TVI no caso de ser concretizado o negócio, Thomati recusou pronunciar-se por se tratar de uma cópia de jornal.
O "pivô dirigido por alguém"
Também na audição da manhã, o nome de Rui Pedro Soares foi falado. O antigo administrador da PT Meios, Carlos Barbosa considerou que o Estado "tinha de saber do negócio" PT/TVI, que "a publicidade era usada como pressão" e que Rui Pedro Soares "foi o pivô de uma estratégia dirigida por alguém".
Sem rodeios, o actual presidente do ACP considerou que "a ascensão meteórica" na PT Meios de Rui Pedro Soares "teve a bênção de muitos padrinhos". Mas recusou dizer nomes e, noutro passo, fez questão de sublinhar que "não escondia a amizade com José Sócrates e Mário Lino".
Ao ser questionado pela Oposição se Sócrates e o Governo terão tido conhecimento do andamento do negócio, Barbosa declarou que todas as decisões da empresa têm que ter o consenso dos dois principais accionistas, do Estado e do Banco Espírito Santo. E garantiu ter sabido que houve "uma ordem de Henrique Granadeiro para a PTMeios apoiar o nascimento do jornal Sol, mas um ano depois, houve ordens expressas para que cortassem a publicidade ao Sol e ao Expresso".
Jornal de Noticias
Comissão parlamentar ouviu presidente da Taguspark
O nome de Rui Pedro Soares é incontornável sempre que o assunto é a compra de parte do capital da empresa proprietária da TVI. Ontem, terça-feira, na comissão de inquérito, ficou claro que também partiu dele a sugestão para que a Taguspark fizesse negócio.
Quem convidou Américo Thomati para presidente da comissão executiva da Taguspark foi Rui Pedro Soares. Foi também este socialista quem convidou o gestor para participar em reuniões com possíveis investidores para "preparar a ideia de negócio" com a TVI. Foi ainda Rui Pedro Soares quem, mais tarde, informou Thomati do interesse da PT pelo canal televisão.
Foi assim que o nome de Rui Pedro Soares esteve sempre presente em três horas de audição do gestor, que é arguido no processo judicial Taguspark/Luís Figo, tal como, outra vez, Rui Pedro Soares, que era administrador não executivo da empresa, em representação da PT.
Thomati, que disse não tencionar demitir-se, começou por garantir que foi sua a ideia de criar um "cluster" de media no Tagus Park, mas logo a seguir admitiu que a hipótese do negócio da TVI veio de Soares. Primeiro, afirmou aos deputados que esse "embrião de negócio" se integrava na opção estratégia da empresa, numa segunda fase explicou que tudo foi abandonado por não haver "dúvidas de enquadramento jurídico e estatutário e impossibilidade de encaixa financeiro". Neste último argumento o gestor entrou em contradição, começando por falar em "280 ou 300 milhões de euros" e a seguir, dizendo que "não se falou de verbas".
Confrontado por Pacheco Pereira com o documento que integra o processo Taguspark/Figo, oriundo do escritório de José MIguel Júdice, e que indica a possibilidade de alterações de chefias na TVI no caso de ser concretizado o negócio, Thomati recusou pronunciar-se por se tratar de uma cópia de jornal.
O "pivô dirigido por alguém"
Também na audição da manhã, o nome de Rui Pedro Soares foi falado. O antigo administrador da PT Meios, Carlos Barbosa considerou que o Estado "tinha de saber do negócio" PT/TVI, que "a publicidade era usada como pressão" e que Rui Pedro Soares "foi o pivô de uma estratégia dirigida por alguém".
Sem rodeios, o actual presidente do ACP considerou que "a ascensão meteórica" na PT Meios de Rui Pedro Soares "teve a bênção de muitos padrinhos". Mas recusou dizer nomes e, noutro passo, fez questão de sublinhar que "não escondia a amizade com José Sócrates e Mário Lino".
Ao ser questionado pela Oposição se Sócrates e o Governo terão tido conhecimento do andamento do negócio, Barbosa declarou que todas as decisões da empresa têm que ter o consenso dos dois principais accionistas, do Estado e do Banco Espírito Santo. E garantiu ter sabido que houve "uma ordem de Henrique Granadeiro para a PTMeios apoiar o nascimento do jornal Sol, mas um ano depois, houve ordens expressas para que cortassem a publicidade ao Sol e ao Expresso".
Jornal de Noticias