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Administrador da PT apanhou negócio da TVI já em andamento

Rotertinho

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Administrador da PT apanhou negócio da TVI já em andamento


O administrador financeiro da PT, Luís Pacheco de Melo, afirmou esta manhã, na comissão parlamentar de inquérito, que só teve conhecimento da existência do negócio com a Prisa para compra da Media Capital, proprietária da TVI, no dia 21 de Junho de 2009, mas admitiu que o processo já estava em andamento.

Nesse dia, o gestor disse ter participado numa reunião com Zeinal Bava, o presidente da comissão executiva da PT, e com Rui Pedro Soares, na qual lhe foi mostrado o “term sheet” (documento explicativo dos termos) do negócio, que teria resultado de um encontro, no dia 19, com a Prisa.

Pacheco de Melo adiantou que Rui Pedro Soares só foi a Madrid negociar com a empresa espanhola depois de ter havido fuga de informação sobre a existência da negociação, a 23, o mesmo dia em que se realizou a viagem.

O gestor admitiu ainda que só “autorizou” formalmente essa deslocação à posteriori, uma vez que estava ausente do país. Essa viagem, considerou Pacheco de Melo, foi considerada necessária porque “era importante ter um homem no terreno”, dada a existência de “turbulência” resultante das notícias publicadas nesse dia.

O negócio, que o gestor considerou estar enquadrado na estratégia da empresa, acabaria por ser considerado “inoportuno” no dia 25 pelos presidentes da comissão executiva, Zeinal Bava, e do conselho de administração, Henrique Granadeiro. Como confirmou Pacheco de Melo, “no dia 24 à noite, tínhamos tido conhecimento que os bancos da Prisa não tinham aceitado as condições do negócio”.

Quanto à possibilidade de o Estado vetar o negócio, como o primeiro-ministro chegou a anunciar publicamente, Pacheco de Melo, sem querer comentar as declarações de José Sócrates, disse que “o Estado, através da golden share, não poderia vetar, em termos jurídicos, uma operação deste tipo”.

Contradição com Vara

O administrador financeiro da PT garantiu ainda no Parlamento que não havia bancos envolvidos na operação de compra da TVI pela operadora, contrariando declarações do vice-presidente do BCP com funções suspensas Armando Vara.

"Não havia nenhum banco assessor nesta operação", respondeu Pacheco de Melo quando questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo.

"A PT tem, em média, em caixa mais de 1,5 mil milhões de euros durante o ano" e que "não era uma transacção de 120 milhões que ia alterar isso", acrescentou.

Na comissão de inquérito realizada segunda-feira, Armando Vara disse ter ouvido que o Banco Espírito Santo estava já envolvido na operação de compra da TVI pela PT.

"Tínhamos mais que liquidez para fazer esse negócio", reiterou Pacheco de Melo.

O Taguspark

A PT nunca teve conhecimento de qualquer iniciativa de Rui Pedro Soares de propor algum negócio à Taguspark para compra da Media Capital, empresa proprietária da TVI, garantiu Pacheco de Melo, na comissão parlamentar de inquérito.

Rui Pedro Soares era membro do conselho de administração da PT e, simultaneamente, administrador não executivo na Taguspark, lugar no qual estava em representação da PT.

Pacheco de Melo admitiu só ter tido conhecimento das diligências de Rui Pedro Soares, “há pouco tempo e através do que foi tornado público” e reconheceu que a sua atitude pessoal seria diferente. “Na qualidade de administrador noutra empresa em representação da PT dou conhecimento de todas as acções relevantes”, acentuou.


Jornal de Noticias
 
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