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BE acusa Sócrates de atacar desempregados

Rotertinho

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BE acusa Sócrates de atacar desempregados


Francisco Louçã acusou o primeiro-ministro de atacar os desempregados "por ideologia", sem saber os custos da redução do subsídio de desemprego.

No debate quinzenal no Parlamento, o coordenador do BE centrou toda a sua intervenção na redução, já a partir deste ano, do subsídio de desemprego, anunciada terça-feira pelo primeiro-ministro no final de uma reunião com o líder do PSD, Passos Coelho.

"Qual é o valor desta medida em termos orçamentais?", questionou Francisco Louçã por três vezes na sua intervenção.

Nas respostas, o primeiro-ministro nunca apontou um valor concreto, remetendo para o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) as consequências orçamentais da medida, preferindo sublinhar a sua justiça social.

"É uma medida justa que foi tomada independentemente das consequências orçamentais, da necessidade de pormos as contas públicas em ordem", garantiu José Sócrates, explicando que o Governo pretende com esta redução que termine a possibilidade de um desempregado recusar uma oferta de trabalho por o subsídio ser economicamente mais favorável.

Perante a insistência de Francisco Louçã, José Sócrates admitiu que não existe um estudo sobre as consequências orçamentais "dessa medida em particular", desafiando o líder do BE a dizer se concorda ou não com o princípio.

"Agradeço o facto de ter reconhecido perante o país que tomou uma medida para o qual não tem um estudo. Não sabe, nem quis saber, decidiu por ideologia", acusou, dizendo que foram precisas "apenas duas horas" de reunião com o líder do PSD para que convencer o primeiro-ministro de que "há pessoas que vão para o desemprego para ganhar mais".

A propósito do encontro entre Sócrates e Passos Coelho, Louçã falou mesmo numa "santinha aliança": "Eu percebo bem como é que duas almas gémeas se entendem tão bem em duas horas de conversa".

No debate, Louçã apresentou um caso de uma oferta de trabalho publicada no site do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em que se oferecem dois euros por hora (ou seja, 320 euros por mês) para uma vaga de auxiliar de limpeza.

"O Governo viola a lei, não respeita sequer o Salário Mínimo Nacional (...) Não ataque por ideologia, por preconceito ideológico os desempregados", pediu.

"Eu não acho que ninguém vá para o desemprego porque quer, o que acho é que há pessoas no desemprego que precisam de ter o incentivo certo para ir trabalhar", respondeu o primeiro-ministro.



Jornal de Noticias
 
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