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Governo está a reavaliar privatização da ANA mas novo aeroporto é para avançar

Rotertinho

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Abr 6, 2010
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Governo está a reavaliar privatização da ANA mas novo aeroporto é para avançar


Primeiro-ministro diz que o Governo está a reavaliar a privatização da ANA, mas assegura que o novo aeroporto de Lisboa vai avançar com financiamento privado.

"Nós vamos lançar o concurso do aeroporto. Temos que pensar seriamente para decidir, matéria que não está decidida, se este é ou não é momento para privatizar a ANA", afirmou José Sócrates, após questionado pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.

Paulo Portas tinha questionado o primeiro-ministro sobre se "são verdadeiras as informações" que dizem que "o Governo mudou de estratégia" e que o novo aeroporto será construído pelo Estado, "tendo a ANA que se endividar".

O primeiro-ministro respondeu que o aeroporto vai ser construído "recorrendo a investimento privado e não financiamento público", frisando que as decisões "obedecerão a condições de mercado e não para fazer o favor a agentes económicos ou a perspectivas ideológicas".

"Há uns tempos atrás a posição do Governo ia no sentido de fazer ao mesmo tempo o mesmo concurso, mas isso deve ser reavaliado face às condições de mercado", disse José Sócrates, apontando "razões de realismo, pragmatismo" e de "interesse nacional".

Paulo Portas tinha sublinhado que a privatização da ANA [Aeroportos de Portugal] está prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento.

Sócrates mantém aposta nas obras públicas

Numa resposta ao PSD, durante o debate quinzenal no Parlamento, José Sócrates afirmou que o seu Governo "não entra em desnorte nem muda de orientação política apenas porque há um ataque especulativo".

"A nossa política de obras públicas visa, em primeiro lugar, investimento nas barragens e nas escolas, mas também em infraestruturas de modernização que nos permitam ligar melhor ao coração da Europa e aos mercados europeus. E vamos manter-nos firmes nessa política, porque essa política é uma política que dá emprego", justificou Joseé Sócrates.

Antes, o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, tinha defendido que "o país não tem dinheiro" para "obras como o TGV, o aeroporto, a terceira travessia sobre o Tejo e concessões rodoviárias" e que estas "devem ser adiadas".

Se forem prosseguidas, isso será "um sinal contraditório e negativo para os mercados" e uma injustiça para os portugueses, a quem são pedidos sacrifícios, argumentou o líder parlamentar do PSD.

"Contradição lamentável"

Miguel Macedo apontou uma "contradição lamentável" entre a promessa do ministro das Finanças de que as obras públicas iam ser reavaliadas e a posterior declaração do ministro das Obras Públicas "de que afinal tudo se ia manter".

"Ponha ordem na casa", pediu o ao primeiro ministro.

Na resposta, além de afirmar que não vai "mudar de orientação, em particular, em matérias de investimento público que o Governo já tinha assumido compromissos firmes com as empresas", o primeiro-ministro alegou que o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, concorda com a construção do TGV e do novo aeroporto.

"A verdade é que entre a liderança do seu partido e o Governo não há diferenças relativamente ao TGV e ao aeroporto", alegou José Sócrates, depois de citar excertos do livro "Mudar", de Pedro Passos Coelho.

"Nós estamos muito convencidos de que isso é importante para a modernização da economia, das infraestruturas portuguesas e para a criação de emprego", acrescentou.

Segundo José Sócrates, Passos Coelho escreveu que o aeroporto "deve avançar de acordo com o calendário previsto" e o TGV "deve prosseguir na medida em que permita a ligação à rede de alta velocidade espanhola e europeia".

"Pode citar tudo o que o líder do meu partido escreveu. Não há nenhum problema em relação a isso. O que eu aqui disse é que o nosso entendimento, e mantenho-o, é que estas grandes obras públicas devem ser adiadas, porque nós não ignoramos as condições em que hoje estamos em termos de escassez de dinheiro para financiar obras públicas", respondeu Miguel Macedo.

"Temos menos dinheiro e o dinheiro está mais caro. E nós não queremos contribuir para um endividamento ainda maior e irresponsável do país com uma factura para ser paga pelas gerações futuras", completou o social democrata.


Jornal de Noticias
 
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