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Ministro Silva Pereira vai ser chamado à comissão parlamentar de inquérito

Rotertinho

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Ministro Silva Pereira vai ser chamado à comissão parlamentar de inquérito
Audição de Granadeiro adensa dúvidas em relação ao processo que levou ao cancelamento do negócio da TVI


João Semedo vai propor a audição do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, na comissão de inquérito à compra da TVI. Os outros partidos não vão obstaculizar o pedido, que será formalizado na terça-feira, dia em que será aprovado o inquérito a Sócrates.

Muitas dúvidas, foi o que deixou na comissão parlamentar de inquérito o presidente do Conselho de Administração (CA) da PT, Henrique Granadeiro. Uma dessas interrogações prende-se com Silva Pereira, que no dia 25 de Junho de 2009, ao princípio da tarde, garantiu publicamente, no final da reunião do Conselho de Ministros, que tinha a informação de que a compra de parte da TVI pela PT já não ia para a frente. Acontece que Granadeiro foi peremptório ao afirmar que a primeira pessoa do Governo a quem deu essa informação foi Sócrates, nesse dia à hora do jantar.

Henrique Granadeiro também não conseguiu explicar porque razão a decisão de acabar o negócio, que disse ter sido tomada no dia 25 de manhã, por si e por Zeinal Bava, não foi exposta claramente na reunião do CA, nesse mesmo dia à tarde (ler texto em rodapé).

Henrique Granadeiro, que voltou a assumir ter manifestado desde sempre a sua oposição ao negócio "por envolver um risco máximo, em termos políticos", não convenceu os membros da comissão de inquérito do porquê de o presidente da comissão executiva da PT ter ido nessa noite à RTP, justificar o negócio.

Esta entrevista a Zeinal Bava decorreu à hora a que Granadeiro estava no tal jantar em casa do então ministro Manuel Pinho, no qual terá comunicado a José Sócrates "que o negócio não foi para a frente".
Os deputados quiseram saber qual foi a reacção do primeiro-ministro à informação de que a compra da TVI não avançaria. O presidente do CA da PT disse não ser capaz "de reproduzir os termos" da reacção de Sócrates, "mas não foram expressões valorativas em relação ao negócio".

Com esta resposta, ficou mais uma dúvida na cabeça dos parlamentares. É que o ex-ministro Mário Lino, que tinha a tutela da PT, afirmou na comissão de inquérito que nesse mesmo dia tinha combinado com Sócrates a rejeição por parte do Estado da concretização do negócio. Granadeiro, que disse nada saber dessa combinação, lembrou que foi chamado no dia seguinte para ir ao gabinete de Lino, com Zeinal Bava, para ser informado de que o Governo estava contra o negócio.

"Respondi que não compreendia o que me estava a dizer, uma vez que a decisão tinha sido tomada pela PT e que o primeiro-ministro já tinha sido informado na noite anterior". Aliás, um pouco mais tarde, nesse dia, o primeiro-ministro também afirmou publicamente tinham sido dadas instruções aos "representantes do Estado na PT" para rejeitarem o negócio. Granadeiro disse ter ficado, mais uma vez, perplexo.

No conjunto das dúvidas que o "chairman" da PT deixou, ressalta a que se relaciona com o pedido de audiência que fez ao primeiro-ministro "para a semana seguinte" por não querer falar do assunto nessa semana, que seria abandonado depois do tal jantar do dia 25, onde Granadeiro disse não saber que iria encontrar Sócrates. Mas como falou nessa noite com o chefe do Governo, a audiência não chegou a concretizar-se.


Jornal de Noticias
 
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