Rotertinho
GF Ouro
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"Quando, como e porquê soube do negócio PT/TVI?"
Questionário a enviar ao primeiro-ministro é aprovado hoje à tarde pela comissão de inquérito
As escutas do processo Face Oculta vão chegar ao Parlamento, mas só depois dos deputados enviarem para o primeiro-ministro as cerca de duas dezenas de perguntas destinadas a esclarecer o grau de conhecimento que Sócrates tinha do negócio para compra da TVI.
"Quem, como e porquê soube do negócio, formal ou informalmente?" É a pergunta mais óbvia que os deputados vão querer incluir no questionário a enviar ao primeiro-ministro. Hoje, a lista de perguntas será aprovada pela comissão de inquérito e Sócrates terá dez dias para responder. A seguir, caso as respostas sejam consideradas insuficientes, os deputados poderá enviar novo inquérito por mais duas vezes.
Só o PS não vai levar perguntas para a reunião. Ricardo Rodrigues disse ao JN que o seu partido se limitará a seguir o guião pré-estabelecido pela comissão para todas as audições e que só proporá alguma questão "se faltar no questionário a enviar alguma das perguntas pré-estabelecidas e que se adeque ao primeiro-ministro".
Explicar incongruências
A Oposição não revelou a redacção final das quase duas dezenas de questões a enviar.
Pedro Duarte, o coordenador do PSD, disse ao JN que as perguntas só serão finalizadas ao princípio da tarde de hoje, mas assinalou ser preciso que o primeiro-ministro "explique por que disse publicamente no dia 26 que iria dar instruções aos representantes do Estado na PT para se oporem ao negócio se na véspera, ao jantar, já tinha sido informado que o negócio não iria para a frente, como revelou à comissão Henrique Granadeiro".
Pelo BE, que juntamente com o PSD propôs a comissão de inquérito, falou ao JN João Semedo, também relator da comissão, admitindo querer que o chefe do Governo esclareça as afirmações que fez sobre o negócio.
As incongruências explicadas é o que também quer de Sócrates Cecília Meireles, do CDS-PP. E, tal como o comunista João Oliveira, considera essencial que explique por que razão Rui Pedro Soares, arguido no caso Tagus Park/Figo, foi o protagonista de duas tentativas de compra da TVI em menos de dois anos, pela Tagus Park e pela PT, onde era administrador.
Escutas ainda não chegaram
Ao contrário do que chegou a ser noticiado ontem, ainda não chegaram ao Parlamento as escutas do processo "Face Oculta", pedidas pelo PSD à comarca do Baixo Vouga. O JN sabe que essas escutas, que envolvem os socialistas Armando Vara e Paulo Penedos, só deverão ser enviadas a partir de amanhã. Ontem, só chegaram os autos de inquérito do caso TagusPark/Figo. Já entregue na mesa da comissão está o pedido do BE de audição do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, para esclarecer se obteve informação privilegiada sobre o negócio. O ministro disse estar disponível, embora seja obrigado a comparecer.
Sem avançar com nomes, também o PCP admite propor outra audição, o que volta a colocar-se a questão do alargamento do calendário da comissão, que termina dia 17, apenas três dias depois da audição de Manuel Polanco, da Prisa. O prolongamento pode não ser decidido hoje, mas, apesar da resistência do PS e de Mota Amaral, tudo indica que será inevitável. Até porque, como admite o relator, João Semedo, apenas a primeira audição, a de Mário Lino, já foi transcrita.
Jornal de Noticias
Questionário a enviar ao primeiro-ministro é aprovado hoje à tarde pela comissão de inquérito
As escutas do processo Face Oculta vão chegar ao Parlamento, mas só depois dos deputados enviarem para o primeiro-ministro as cerca de duas dezenas de perguntas destinadas a esclarecer o grau de conhecimento que Sócrates tinha do negócio para compra da TVI.
"Quem, como e porquê soube do negócio, formal ou informalmente?" É a pergunta mais óbvia que os deputados vão querer incluir no questionário a enviar ao primeiro-ministro. Hoje, a lista de perguntas será aprovada pela comissão de inquérito e Sócrates terá dez dias para responder. A seguir, caso as respostas sejam consideradas insuficientes, os deputados poderá enviar novo inquérito por mais duas vezes.
Só o PS não vai levar perguntas para a reunião. Ricardo Rodrigues disse ao JN que o seu partido se limitará a seguir o guião pré-estabelecido pela comissão para todas as audições e que só proporá alguma questão "se faltar no questionário a enviar alguma das perguntas pré-estabelecidas e que se adeque ao primeiro-ministro".
Explicar incongruências
A Oposição não revelou a redacção final das quase duas dezenas de questões a enviar.
Pedro Duarte, o coordenador do PSD, disse ao JN que as perguntas só serão finalizadas ao princípio da tarde de hoje, mas assinalou ser preciso que o primeiro-ministro "explique por que disse publicamente no dia 26 que iria dar instruções aos representantes do Estado na PT para se oporem ao negócio se na véspera, ao jantar, já tinha sido informado que o negócio não iria para a frente, como revelou à comissão Henrique Granadeiro".
Pelo BE, que juntamente com o PSD propôs a comissão de inquérito, falou ao JN João Semedo, também relator da comissão, admitindo querer que o chefe do Governo esclareça as afirmações que fez sobre o negócio.
As incongruências explicadas é o que também quer de Sócrates Cecília Meireles, do CDS-PP. E, tal como o comunista João Oliveira, considera essencial que explique por que razão Rui Pedro Soares, arguido no caso Tagus Park/Figo, foi o protagonista de duas tentativas de compra da TVI em menos de dois anos, pela Tagus Park e pela PT, onde era administrador.
Escutas ainda não chegaram
Ao contrário do que chegou a ser noticiado ontem, ainda não chegaram ao Parlamento as escutas do processo "Face Oculta", pedidas pelo PSD à comarca do Baixo Vouga. O JN sabe que essas escutas, que envolvem os socialistas Armando Vara e Paulo Penedos, só deverão ser enviadas a partir de amanhã. Ontem, só chegaram os autos de inquérito do caso TagusPark/Figo. Já entregue na mesa da comissão está o pedido do BE de audição do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, para esclarecer se obteve informação privilegiada sobre o negócio. O ministro disse estar disponível, embora seja obrigado a comparecer.
Sem avançar com nomes, também o PCP admite propor outra audição, o que volta a colocar-se a questão do alargamento do calendário da comissão, que termina dia 17, apenas três dias depois da audição de Manuel Polanco, da Prisa. O prolongamento pode não ser decidido hoje, mas, apesar da resistência do PS e de Mota Amaral, tudo indica que será inevitável. Até porque, como admite o relator, João Semedo, apenas a primeira audição, a de Mário Lino, já foi transcrita.
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