Rotertinho
GF Ouro
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"Não lhe vou lhe vou falar de Manuel Alegre"
O antigo Presidente da República, Mário Soares, não quer ouvir falar de eleições presidenciais. "É despropositado", sustenta o fundador do PS, destacando a "crise aguda" que se vive no País, com "portugueses a passarem fome", e também na Europa.
Um dia depois da formalização de candidatura de Manuel Alegre, Soares avisou, em entrevista à SIC Notícias:'Não lhe vou falar de Manuel Alegre'.
Em seu entender, primeiro espera que o PS 'se pronuncie', depois tomará uma decisão de acordo com a sua consciência, sem dar qualquer sinal de que seguirá o caminho dos socialistas.
Soares até elogia o secretário-geral do PS por ainda não ter tomado qualquer atitude:'Se fosse líder do PS, atirava para as calendas'.
Quanto à situação europeia, Mário Soares saiu em defesa da moeda única e alertou que o euro deve ser mantido, sob pena da própria União Europeia, porventura, se desmoronar. 'Não pode ser posto em causa o euro (...) senão, ai Europa, adeus Europa'.
Num registo de dramatização, Soares diz que a prioridade, 'para já', é vencer a crise. 'Vamos ver se conseguimos vencer a crise', advogou esta quarta-feira à noite, concluindo que a situação do País 'é mais grave' do que nos dois momentos em que foi primeiro-ministro: no final da década de 70 e na primeira metade da década de 80, com Mota Pinto no Bloco Central.
No PS regista-se o facto de Manuel Alegre ter procurado uma inflexão na estratégia. Um dos critícos do poeta e membro do secretariado nacional, Vitalino Canas, afirmou ao CM que registou a diferença de discursos, entre Janeiro e 4 de Maio. E assinalou que, inicialmente, Alegre recorreu a uma estratégia de 'descolagem do PS', com os riscos que tal comportaria, como, por exemplo, o apoio do BE antes dos socialistas. O discurso dos Açores 'foi aceitável', compreensivo com o Governo. Questionado pelo CM se o apoio do PS a Alegre é inevitável, Canas respondeu: 'Em política, nada é inevitável.'
Alegre concorreu em Janeiro de 2006 sem o apoio oficial do PS. Foi Mário Soares, depois de ter cumprido dois mandatos em Belém entre 1986 e 1996, que voltou a concorrer e a colher o apoio socialista.
Quanto ao actual Chefe de Estado, o único dado assumido é o de que vai verificar o momento em que os seus antecessores fizeram a reflexão de avançar ou não para novo mandato. Nada mais. Esta ideia foi defendida em Março, numa entrevista à RTP1. Ou seja, Cavaco Silva só revela o que pretende fazer no último trimestre deste ano.
Correio da Manha
O antigo Presidente da República, Mário Soares, não quer ouvir falar de eleições presidenciais. "É despropositado", sustenta o fundador do PS, destacando a "crise aguda" que se vive no País, com "portugueses a passarem fome", e também na Europa.
Um dia depois da formalização de candidatura de Manuel Alegre, Soares avisou, em entrevista à SIC Notícias:'Não lhe vou falar de Manuel Alegre'.
Em seu entender, primeiro espera que o PS 'se pronuncie', depois tomará uma decisão de acordo com a sua consciência, sem dar qualquer sinal de que seguirá o caminho dos socialistas.
Soares até elogia o secretário-geral do PS por ainda não ter tomado qualquer atitude:'Se fosse líder do PS, atirava para as calendas'.
Quanto à situação europeia, Mário Soares saiu em defesa da moeda única e alertou que o euro deve ser mantido, sob pena da própria União Europeia, porventura, se desmoronar. 'Não pode ser posto em causa o euro (...) senão, ai Europa, adeus Europa'.
Num registo de dramatização, Soares diz que a prioridade, 'para já', é vencer a crise. 'Vamos ver se conseguimos vencer a crise', advogou esta quarta-feira à noite, concluindo que a situação do País 'é mais grave' do que nos dois momentos em que foi primeiro-ministro: no final da década de 70 e na primeira metade da década de 80, com Mota Pinto no Bloco Central.
No PS regista-se o facto de Manuel Alegre ter procurado uma inflexão na estratégia. Um dos critícos do poeta e membro do secretariado nacional, Vitalino Canas, afirmou ao CM que registou a diferença de discursos, entre Janeiro e 4 de Maio. E assinalou que, inicialmente, Alegre recorreu a uma estratégia de 'descolagem do PS', com os riscos que tal comportaria, como, por exemplo, o apoio do BE antes dos socialistas. O discurso dos Açores 'foi aceitável', compreensivo com o Governo. Questionado pelo CM se o apoio do PS a Alegre é inevitável, Canas respondeu: 'Em política, nada é inevitável.'
Alegre concorreu em Janeiro de 2006 sem o apoio oficial do PS. Foi Mário Soares, depois de ter cumprido dois mandatos em Belém entre 1986 e 1996, que voltou a concorrer e a colher o apoio socialista.
Quanto ao actual Chefe de Estado, o único dado assumido é o de que vai verificar o momento em que os seus antecessores fizeram a reflexão de avançar ou não para novo mandato. Nada mais. Esta ideia foi defendida em Março, numa entrevista à RTP1. Ou seja, Cavaco Silva só revela o que pretende fazer no último trimestre deste ano.
Correio da Manha