Rotertinho
GF Ouro
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Incerteza até ao último minuto
Os três principais candidatos à chefia do governo britânico encerraram ontem a campanha eleitoral com apenas uma certeza: estas serão as mais renhidas eleições das últimas décadas. As sondagens dão à oposição conservadora cinco a sete pontos percentuais de vantagem sobre os trabalhistas, actualmente no poder. Insuficiente para garantir um governo maioritário, a votação, a confirmar-se, colocará num papel de inusitado relevo a terceira força política: Partido Liberal Democrata.
Liderado por Nick Clegg, tem apenas três a seis pontos de desvantagem face aos trabalhistas, pelo que ameaça chegar ao poder num governo de coligação, situação inédita no Reino Unido desde 1974. O que fica por saber é se Clegg aceitará uma aliança com o primeiro-ministro e líder trabalhista Gordon Brown, a quem cabe, à luz das regras britânicas, tentar formar governo, mesmo que os trabalhistas não sejam os mais votados.
Para já, deu sinais de não estar aberto a tal cenário, mas também não abriu o jogo quanto a um eventual entendimento com o líder conservador, David Cameron. Este pode ser o único rumo viável se Brown, sem maioria, resignar.
Seja como for, Clegg está à beira de colocar os Liberais Democratas no governo, pondo entre parênteses a tradição britânica de alternância bipartidária e criando uma dinâmica efectiva de reforma do sistema político, uma das suas bandeiras de campanha eleitoral.
Pode dizer-se, em última análise, que está agora tudo em aberto, excepto a vitória (relativa) de Nick Clegg.
PERFIS
David Cameron, de 43 anos, lidera os rivais conservadores mas disse um dia ser o herdeiro de Tony Blair. Foi um aluno brilhante em Oxford e assessorou o primeiro-ministro John Major. Deputado desde 2001, lidera o partido na oposição desde 2005.
Nick Clegg lidera os Liberais Democratas desde os 40 anos (2007) e é um caso sério de sucesso. Político moderno e descontraído, confessou ter dormido com "somente 30 mulheres". Com um estilo dinâmico, tornou o partido alternativa credível.
Gordon Brown, primeiro--ministro em exercício, é o mais velho dos principais candidatos (59 anos). Nasceu na Escócia e foi um menino-prodígio, tendo entrado na universidade aos 16 anos. Sucedeu a Blair em 2007 na chefia do Partido Trabalhista.
Correio da Manha
Os três principais candidatos à chefia do governo britânico encerraram ontem a campanha eleitoral com apenas uma certeza: estas serão as mais renhidas eleições das últimas décadas. As sondagens dão à oposição conservadora cinco a sete pontos percentuais de vantagem sobre os trabalhistas, actualmente no poder. Insuficiente para garantir um governo maioritário, a votação, a confirmar-se, colocará num papel de inusitado relevo a terceira força política: Partido Liberal Democrata.
Liderado por Nick Clegg, tem apenas três a seis pontos de desvantagem face aos trabalhistas, pelo que ameaça chegar ao poder num governo de coligação, situação inédita no Reino Unido desde 1974. O que fica por saber é se Clegg aceitará uma aliança com o primeiro-ministro e líder trabalhista Gordon Brown, a quem cabe, à luz das regras britânicas, tentar formar governo, mesmo que os trabalhistas não sejam os mais votados.
Para já, deu sinais de não estar aberto a tal cenário, mas também não abriu o jogo quanto a um eventual entendimento com o líder conservador, David Cameron. Este pode ser o único rumo viável se Brown, sem maioria, resignar.
Seja como for, Clegg está à beira de colocar os Liberais Democratas no governo, pondo entre parênteses a tradição britânica de alternância bipartidária e criando uma dinâmica efectiva de reforma do sistema político, uma das suas bandeiras de campanha eleitoral.
Pode dizer-se, em última análise, que está agora tudo em aberto, excepto a vitória (relativa) de Nick Clegg.
PERFIS
David Cameron, de 43 anos, lidera os rivais conservadores mas disse um dia ser o herdeiro de Tony Blair. Foi um aluno brilhante em Oxford e assessorou o primeiro-ministro John Major. Deputado desde 2001, lidera o partido na oposição desde 2005.
Nick Clegg lidera os Liberais Democratas desde os 40 anos (2007) e é um caso sério de sucesso. Político moderno e descontraído, confessou ter dormido com "somente 30 mulheres". Com um estilo dinâmico, tornou o partido alternativa credível.
Gordon Brown, primeiro--ministro em exercício, é o mais velho dos principais candidatos (59 anos). Nasceu na Escócia e foi um menino-prodígio, tendo entrado na universidade aos 16 anos. Sucedeu a Blair em 2007 na chefia do Partido Trabalhista.
Correio da Manha