Nelson14
GF Platina
- Entrou
- Fev 16, 2007
- Mensagens
- 10,087
- Gostos Recebidos
- 10
Matam mulher para lhe extrair os órgãos
Três homens, incluindo um curandeiro, foram detidos esta quarta-feira pela Polícia da República de Moçambique em Manica, por alegadamente terem assassinado uma mulher com o objectivo de lhe extraírem os órgãos, supostamente para fins "diabólicos".
A vítima, de 60 anos, foi enforcada com uma corda numa árvore, tendo-lhe sido extraídos o coração e os pulmões para serem usados num "ritual satânico" para enriquecimento ilícito.
As autoridades afirmam que os irmãos Zacarias Sitole e Lucas Sitole, de 34 e 19 anos respectivamente, terão procurado o curandeiro (Sailasse Miquicene, 26 anos) para um tratamento tradicional, tendo o último pedido os referidos órgãos humanos.
"Depois de os dois homens terem procurado o curandeiro, este mandou-os matar e trazer o coração e pulmões de uma mulher, tendo estes cumprido com o dever, na expectativa de se tornarem ricos", refere o chefe das relações públicas da Polícia, Pedro Jemusse.
O crime, ocorrido sábado, registou-se na região de Dacata, Mossurize (sul de Manica), a mesma onde foram assassinadas quatro mulheres no ano passado, para lhe serem extraídas língua, esófago, clitóris e útero – órgãos usados com frequência na região por curandeiros para "fins obscuros".
As autoridades estão a trabalhar para perceber se autores da morte da anciã possuem alguma ligação com os outros crimes.
Este é o segundo caso num ano em que curandeiros mandam matar indivíduos inocentes e indefesos para "curar" os seus clientes na região de Dacata, Mossurize (sul de Manica).
O presidente da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) em Manica admitiu à agência Lusa o recurso a órgãos humanos por vários curandeiros da província para fins de enriquecimento ilícito, acto por si considerado fora da ética profissional dos associados.
Os indivíduos estão detidos no comando distrital de Mossurize e deverão ser transportados nos próximos dias para a penitenciária agrícola de Chimoio, para aguardar julgamento
C.M.