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Cameron tenta formar governo

Rotertinho

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R. Unido: Conservadores iniciam negociações com liberal-democratas
Cameron tenta formar governo

Um dia depois de se afirmar disposto a tentar formar governo, o primeiro-ministro cessante e líder trabalhista, Gordon Brown, cedeu às críticas da oposição e admitiu ontem ser mais correcto abrir a porta a negociações entre David Cameron, líder dos rivais conservadores, mais votados nas legislativas de quinta-feira, e os liberal-democratas, terceira força política.

O recuo afigura-se como uma cedência ante Nick Clegg, líder liberal-democrata, dado que foi ele quem mais se bateu pela reforma do sistema eleitoral. No rescaldo das eleições, defendeu que a vitória dá ao líder do partido mais votado o direito de tentar formar uma aliança governativa.

"Entendo e respeito a posição de Clegg de contactar primeiro o Partido Conservador", afirmou Brown, aceitando quebrar a tradição britânica, segundo a qual caberia ao primeiro-ministro, embora derrotado, ser o primeiro a tentar formar uma coligação. Ao ceder, o líder trabalhista pisca o olho a um eventual entendimento com Clegg, caso fracassem as negociações com Cameron.

Esse é um cenário provável, segundo alguns analistas, pois conservadores e liberal-democratas têm pouco em comum. Cameron já deu sinais, por exemplo, de que não cederá no controlo da imigração e na recusa de uma abertura à União Europeia, desejada por Clegg.

Acresce que, ao contrário do que fez Brown, o líder conservador não parece aberto a uma reforma do sistema eleitoral no sentido de uma representação proporcional, como também desejam os liberal-democratas. Estes foram, aliás, prejudicados pela actual lei eleitoral, uma vez que, embora crescendo em votos, perderam cinco deputados.

Apesar de tudo, Cameron não quer perder a oportunidade de governar. Por isso afirmou: "Penso que temos uma base sólida para formar um governo sólido". E frisou a prioridade: "reduzir o défice, pois essa é a maior ameaça aos interesses nacionais".

CENTENAS DE ELEITORES NÃO PUDERAM VOTAR

Centenas de eleitores britânicos revoltaram-se e forçaram a intervenção da polícia depois de se verem impedidos de votar nas legislativas em assembleias de Londres, Bristol, Birmingham, Manchester e outras cidades. Alguns afirmam que o caso aproxima o Reino Unido dos países do Terceiro Mundo. Mas, segundo o deputado português João Soares, observador da OSCE, não se tratou de organização deficiente. O que aconteceu é que demasiadas pessoas "não tiveram o cuidado de chegar às mesas de voto antes das 22 horas [fecho das urnas]". Em sua opinião, isso era evitável "num país onde se vota das sete da manhã às dez da noite", margem mais alargada do que nos restantes países europeus.


Correio da Manha
 
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