Matapitosboss
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A crise da dívida na Grécia tem particularidades únicas e não se pode comparar ao que acontece nos restantes países dos denominados GPSII, salienta a Fitch Ratings. As semelhanças mais óbvias dizem respeito à dimensão dos défices orçamentais, mas Portugal conseguiu conter o seu défice de forma muito mais eficaz do que a Grécia, adianta a agência de notação financeira.
Numa análise aos desafios comuns e às diferenças fundamentais entre os chamados GPSII (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália), a Fitch discorda da ideia de que estas economias enfrentam uma “crise económica comum” resultante da falta de flexibilidade cambial por estarem numa união económica e monetária.
Mas a agência tira mais conclusões: “apesar de todos os GPSII, com excepção de Itália, apresentarem défices orçamentais elevados, as diferenças em termos de perfis de crédito são pronunciadas”.
Grécia: crise de credibilidade e de desempenho da política orçamental
A Fitch considera que a crise grega é, antes de mais, uma crise de desempenho da política orçamental e uma crise de credibilidade, sendo por isso “um aspecto particular da Grécia”.
“Não negamos, com isto, que existem substanciais desafios de ajuste económico e orçamental em todos os GPSII, como se pode observar pelos cortes do ‘rating’ da Irlanda e de Portugal. (...) Mas existem limites ao que se pode comparar e a Fitch considera que os problemas orçamentais nos restantes GPSII são muito mais geríveis”, refere a nota de análise da agência de notação financeira, assinada por Brian Coulton e Paul Rawkins.
Segundo a Fitch, as semelhanças mais óbvias entre a Grécia e os restantes GPSII referem-se à dimensão dos défices públicos. “Com a importante excepção de Itália, todos os GPSII têm défices públicos na ordem dos 10% do PIB ou mais, comparando com a média da união económica e monetária, que é de 6,3% do PIB”.
De qualquer das formas, a Fitch considera que o desempenho do actual e futuro crescimento é muito mais variado entre os GPSII do que aquilo que tem sido interiorizado pelos participantes do mercado e que, consequentemente, a ideia de que estes países enfrentam uma crise “económica” comum é errónea.
Recordando que o défice orçamental da Grécia tem sido o mais elevado dos GPSII nos últimos 15 anos (uma média de 5,7% do PIB), a Fitch sublinha ainda que os líderes portugueses e italianos têm conseguido conter os défices orçamentais de forma muito mais eficaz do que a Grécia, apesar das suas menores taxas de crescimento do PIB.
Os rating's da dívida portuguesa
No final de Abril, a Standard & Poor’s cortou o rating da dívida soberana portuguesa em dois níveis, de ‘A+’ para ‘A-’.
Na semana passada, a Moody’s - não altera a classificação da dívida portuguesa desde 1998- alertou que poderia cortar o “rating” de Portugal em dois níveis, para “A1”. Hoje alertou que é "provável" cortar o "rating" num nível e "possível" reduzir em dois.
Por seu lado, a Fitch cortou a dívida portuguesa a 24 de Março, de ‘AA’ para ‘AA-’, mantendo um ‘outlook’ negativo. Depois disso, já colocou alguns bancos portugueses em perspectiva negativa.
Fonte: Jornal de Negócios
Numa análise aos desafios comuns e às diferenças fundamentais entre os chamados GPSII (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália), a Fitch discorda da ideia de que estas economias enfrentam uma “crise económica comum” resultante da falta de flexibilidade cambial por estarem numa união económica e monetária.
Mas a agência tira mais conclusões: “apesar de todos os GPSII, com excepção de Itália, apresentarem défices orçamentais elevados, as diferenças em termos de perfis de crédito são pronunciadas”.
Grécia: crise de credibilidade e de desempenho da política orçamental
A Fitch considera que a crise grega é, antes de mais, uma crise de desempenho da política orçamental e uma crise de credibilidade, sendo por isso “um aspecto particular da Grécia”.
“Não negamos, com isto, que existem substanciais desafios de ajuste económico e orçamental em todos os GPSII, como se pode observar pelos cortes do ‘rating’ da Irlanda e de Portugal. (...) Mas existem limites ao que se pode comparar e a Fitch considera que os problemas orçamentais nos restantes GPSII são muito mais geríveis”, refere a nota de análise da agência de notação financeira, assinada por Brian Coulton e Paul Rawkins.
Segundo a Fitch, as semelhanças mais óbvias entre a Grécia e os restantes GPSII referem-se à dimensão dos défices públicos. “Com a importante excepção de Itália, todos os GPSII têm défices públicos na ordem dos 10% do PIB ou mais, comparando com a média da união económica e monetária, que é de 6,3% do PIB”.
De qualquer das formas, a Fitch considera que o desempenho do actual e futuro crescimento é muito mais variado entre os GPSII do que aquilo que tem sido interiorizado pelos participantes do mercado e que, consequentemente, a ideia de que estes países enfrentam uma crise “económica” comum é errónea.
Recordando que o défice orçamental da Grécia tem sido o mais elevado dos GPSII nos últimos 15 anos (uma média de 5,7% do PIB), a Fitch sublinha ainda que os líderes portugueses e italianos têm conseguido conter os défices orçamentais de forma muito mais eficaz do que a Grécia, apesar das suas menores taxas de crescimento do PIB.
Os rating's da dívida portuguesa
No final de Abril, a Standard & Poor’s cortou o rating da dívida soberana portuguesa em dois níveis, de ‘A+’ para ‘A-’.
Na semana passada, a Moody’s - não altera a classificação da dívida portuguesa desde 1998- alertou que poderia cortar o “rating” de Portugal em dois níveis, para “A1”. Hoje alertou que é "provável" cortar o "rating" num nível e "possível" reduzir em dois.
Por seu lado, a Fitch cortou a dívida portuguesa a 24 de Março, de ‘AA’ para ‘AA-’, mantendo um ‘outlook’ negativo. Depois disso, já colocou alguns bancos portugueses em perspectiva negativa.
Fonte: Jornal de Negócios