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Portugal destaca-se nos cuidados a prematuros

maioritelia

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Nos últimos anos houve um aumento de 34% na prematuridade
Portugal tem das melhores práticas em termos de prestação de cuidados clínicos aos bebés prematuros, de acordo com um estudo realizado em 13 países da Europa, mas precisa de apostar na relação de proximidade dos pais.

Um relatório apresentado na quinta-feira no Parlamento Europeu indica que entre os países analisados, apenas Portugal e o Reino Unido têm actualmente uma estratégia política nacional com medidas específicas para a saúde neonatal e as crianças prematuras, embora vários países tenham planos gerais para a maternidade e saúde infantil.

Porém, é a Suécia que oferece aos pais a possibilidade de pernoitarem nas unidades de cuidados intensivos, o que ainda não é possível em Portugal.

"A Suécia não se destaca tanto em políticas, mas tem outro tipo de abrangência, com um cuidado mais aproximado entre pais e bebés e isso vem revelar que conseguiram bons resultados a esse nível", disse ontem à agência Lusa Paula Guerra, da XXS - Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, que participou na elaboração do documento.

O relatório reúne dados recolhidos na Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido, e foi elaborado pela Fundação Europeia para os Cuidados de Recém-Nascidos, da qual fazem parte associações de pais de bebés prematuros.

Por Portugal, a XXS destaca que os cuidados melhoraram e a taxa de mortalidade baixou nos últimos anos, mas a percentagem de prematuros continua a aumentar, pelo que se torna necessário promover ajudas aos pais e reflectir nas causas da prematuridade.

"Nove por cento dos bebés que nascem são prematuros e nos últimos anos - entre 2000 e 2007 - houve um aumento da prematuridade de quase 34 por cento", referiu Paula Guerra.

"Notámos que Portugal ficou entre os melhores países em termos de práticas de políticas de saúde neonatais, mas em termos da informação que é dada aos pais e de toda a logística dos pais dentro das unidades de cuidados intensivos ainda fica aquém de alguns países", sublinhou.

Paula Guerra recordou que em Portugal os pais têm muitas vezes de se deslocar a grande distância para acompanharem diariamente os filhos na unidade de internamento, despendendo dinheiro em viagens diárias, alojamento e alimentação.

"É neste sentido que o estudo vem mostrar que ainda há muito a fazer, apesar de termos os melhores especialistas", alertou.

Além da aproximação dos pais ao bebé, e dos apoios sociais e financeiros, Paula Guerra considera que há também um trabalho a fazer em parceria com os profissionais de saúde, no sentido de informar as futuras mães para os cuidados que devem ter com o acompanhamento da gestação e também alertar as empresas para a necessidade de as gestantes terem uma gravidez tranquila e seguirem as rotinas médicas.

"Apesar de em Portugal ser gratuito (o acompanhamento pré natal), por vezes as situações de trabalho são precárias e elas não vão tão assiduamente", disse.

Segundo o estudo, a taxa de sobrevivência das crianças prematuras nascidas antes das 32 semanas é de cerca de 90 por cento e quase todas as mulheres receberam cuidados pré natais.

As causas da prematuridade surgem associadas a gravidezes múltiplas, muitas vezes com recurso à reprodução assistida e tratamentos de fertilidade, ao stress e estilo de vida moderno, bem como a gravidez tardia, infecções ginecológicas, hipertensão e diabetes.

Fonte: Diário Digital / Lusa
 
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