Rotertinho
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Vila do Conde: Irmãos ouvidos hoje pelo juiz de instrução
“Peço que os filhos o salvem”
Quase duas semanas depois de ter confessado perante o juiz que juntamente com o marido violou os três filhos, de 9, 11 e 13 anos, Sandra, nome fictício, vai voltar hoje a ver os menores. As crianças vão ser ouvidas com a mãe, a pedido do magistrado que tem o processo, ao início da tarde, no Tribunal de Vila do Conde.
"Nunca mais os vi e nem sei onde estão. Espero que os meus filhos salvem o pai da cadeia, que o ajudem. Ele está muito triste com isto e só pergunta pelas crianças. Vai ser difícil ver os meus meninos e não os poder abraçar", disse a mulher, acrescentando que tudo o que disse em tribunal é mentira e que está inocente.
Logo após os menores terem sido retirados à família foram sujeitos a diversos exames médicos. Os resultados, que apenas saíram esta semana, confirmam os abusos sexuais a que a durante anos as crianças foram sujeitas. Essas mesmas conclusões serão também hoje entregues ao juiz. 'Eu e o meu marido não fizemos nada. Os meus filhos nunca se queixaram. A minha filha inventou tudo à professora, ela viu aquelas coisas na televisão', explicou a mãe.
Apesar de Sandra negar os abusos, a mulher confessou que era vítima de maus tratos por parte do marido e do filho mais velho. 'Ele batia-me muito e ainda dizia ao menino para o ajudar. Uma vez o meu filho chegou a bater-me com uma vassoura nas costas', disse.
No passado sábado, a mulher visitou o marido, que está na cadeia de Custóias, pela primeira vez. Sandra diz que o homem está muito revoltado. 'Ele está muito magoado com estas mentiras. Queria era que ele voltasse para o pé de mim', contou.
Sandra e o marido incorrem na pena máxima. Quer a Judiciária quer o Ministério Público enquadraram o caso no crime de violação agravada, decisão que foi confirmada pelo juiz, e que pode ir até aos 12 anos de cadeia. Caso o casal seja acusado pela violação dos três filhos, a condenação pode chegar os 25 anos.
JUIZ DO APITO DOURADO À FRENTE DO CASO
Pedro Miguel Vieira, juiz do processo Apito Dourado, é o magistrado que está a cargo do inquérito do casal de Vila do Conde. Foi o juiz, que também tem a seu cargo a comarca da Póvoa de Varzim, que ouviu os pais das três crianças e que decidiu que a mãe deveria ser libertada, visto ter também ele sido abusada na infância.
Hoje caberá também ao magistrado ouvir as três crianças e a mãe. Pedro Miguel Vieira deixou ainda explicito no despacho que caso entenda ser necessário o pai também será chamado a prestar novas declarações.
Pelas mãos do juiz têm passado nos últimos meses vários casos de abuso sexual de crianças. Quase em todas as situações, o magistrado tem optado por decretar a medida de prisão preventiva. Um dos inquéritos que também está a seu cargo é o do caso de um pai da Póvoa de Varzim que no início deste ano foi detido pela Polícia Judiciária do Porto, acusado de durante mais de onze anos violar os três filhos menores.
PORMENORES
BAIXA MÉDICA
Sandra, que trabalha numa fábrica de conservas, está de baixa médica há vários dias. A mulher diz que não tem condições para trabalhar pois só consegue pensar nos filhos.
CRIANÇAS
Hoje, as crianças serão acompanhas por uma psicóloga e por uma técnica da segurança social durante os depoimento perante o juiz de instrução criminal. Será a primeira vez que os menores vão ver a mãe desde que foram retirados.
FAMÍLIA
O pai dos menores tem recebido na cadeia a visita de uma sobrinha. A mulher, que está casada com um polícia, contratou um advogado para defender o tio.
SEXO EM GRUPO
Para além dos menores terem sido violados pelos pais, eram obrigados a manter contactos sexuais entre eles. À professora, a menina de 9 anos confessou que não gostava de fazer sexo com o pai 'porque lhe doía'.
Correio da Manha
“Peço que os filhos o salvem”
Quase duas semanas depois de ter confessado perante o juiz que juntamente com o marido violou os três filhos, de 9, 11 e 13 anos, Sandra, nome fictício, vai voltar hoje a ver os menores. As crianças vão ser ouvidas com a mãe, a pedido do magistrado que tem o processo, ao início da tarde, no Tribunal de Vila do Conde.
"Nunca mais os vi e nem sei onde estão. Espero que os meus filhos salvem o pai da cadeia, que o ajudem. Ele está muito triste com isto e só pergunta pelas crianças. Vai ser difícil ver os meus meninos e não os poder abraçar", disse a mulher, acrescentando que tudo o que disse em tribunal é mentira e que está inocente.
Logo após os menores terem sido retirados à família foram sujeitos a diversos exames médicos. Os resultados, que apenas saíram esta semana, confirmam os abusos sexuais a que a durante anos as crianças foram sujeitas. Essas mesmas conclusões serão também hoje entregues ao juiz. 'Eu e o meu marido não fizemos nada. Os meus filhos nunca se queixaram. A minha filha inventou tudo à professora, ela viu aquelas coisas na televisão', explicou a mãe.
Apesar de Sandra negar os abusos, a mulher confessou que era vítima de maus tratos por parte do marido e do filho mais velho. 'Ele batia-me muito e ainda dizia ao menino para o ajudar. Uma vez o meu filho chegou a bater-me com uma vassoura nas costas', disse.
No passado sábado, a mulher visitou o marido, que está na cadeia de Custóias, pela primeira vez. Sandra diz que o homem está muito revoltado. 'Ele está muito magoado com estas mentiras. Queria era que ele voltasse para o pé de mim', contou.
Sandra e o marido incorrem na pena máxima. Quer a Judiciária quer o Ministério Público enquadraram o caso no crime de violação agravada, decisão que foi confirmada pelo juiz, e que pode ir até aos 12 anos de cadeia. Caso o casal seja acusado pela violação dos três filhos, a condenação pode chegar os 25 anos.
JUIZ DO APITO DOURADO À FRENTE DO CASO
Pedro Miguel Vieira, juiz do processo Apito Dourado, é o magistrado que está a cargo do inquérito do casal de Vila do Conde. Foi o juiz, que também tem a seu cargo a comarca da Póvoa de Varzim, que ouviu os pais das três crianças e que decidiu que a mãe deveria ser libertada, visto ter também ele sido abusada na infância.
Hoje caberá também ao magistrado ouvir as três crianças e a mãe. Pedro Miguel Vieira deixou ainda explicito no despacho que caso entenda ser necessário o pai também será chamado a prestar novas declarações.
Pelas mãos do juiz têm passado nos últimos meses vários casos de abuso sexual de crianças. Quase em todas as situações, o magistrado tem optado por decretar a medida de prisão preventiva. Um dos inquéritos que também está a seu cargo é o do caso de um pai da Póvoa de Varzim que no início deste ano foi detido pela Polícia Judiciária do Porto, acusado de durante mais de onze anos violar os três filhos menores.
PORMENORES
BAIXA MÉDICA
Sandra, que trabalha numa fábrica de conservas, está de baixa médica há vários dias. A mulher diz que não tem condições para trabalhar pois só consegue pensar nos filhos.
CRIANÇAS
Hoje, as crianças serão acompanhas por uma psicóloga e por uma técnica da segurança social durante os depoimento perante o juiz de instrução criminal. Será a primeira vez que os menores vão ver a mãe desde que foram retirados.
FAMÍLIA
O pai dos menores tem recebido na cadeia a visita de uma sobrinha. A mulher, que está casada com um polícia, contratou um advogado para defender o tio.
SEXO EM GRUPO
Para além dos menores terem sido violados pelos pais, eram obrigados a manter contactos sexuais entre eles. À professora, a menina de 9 anos confessou que não gostava de fazer sexo com o pai 'porque lhe doía'.
Correio da Manha
