Rotertinho
GF Ouro
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Estarreja: Semáforos não funcionavam há semanas
Morre à espera de atravessar rua
José, conhecido por ‘Pego’, de 72 anos, tinha acabado de deixar a mulher no Centro Médico de Estarreja, onde ia diariamente fazer fisioterapia. Estava parado na passadeira, à espera de atravessar a rua, e morreu ao ser projectado contra uma parede. Foi atingido por um carro que acabara de chocar com outro, porque o semáforo que agora já está a funcionar estava desligado. Depois do violento choque, ainda foi atingido com um sinal de trânsito, o que lhe desfez a cabeça.
"Levava o cheque da pensão na mão, ia aos Correios levantá--lo", diz, sem esconder a dor, o filho Firmino Azevedo. "Vai fazer muita falta: todos os domingos sentávamos 23 pessoas à mesa. Somos uma família muito unida e ele era um homem muito activo, alegre e que adorava conviver com os amigos", continua.
Ontem, os semáforos do cruzamento onde José perdeu a vida já estavam a funcionar. "Só depois de eu ter ido à Câmara questioná-los é que ligaram os semáforos", conta a neta Cristina.
O funeral de José está marcado para hoje às 16h00, em Estarreja. O corpo vai sair de sua casa, na localidade de Póvoa de Cima, e leva consigo um baralho de cartas, a sua paixão. "O meu pai estava no sítio errado à hora errada", lamenta o outro filho, Francisco Azevedo, de 44 anos. "Tinha um buraco na cabeça por ter sido projectado contra o muro. Não morreu por causa do sinal", esclarece ainda Francisco Azevedo. A revolta é geral no seio da família. "É uma vergonha terem deixado acontecer uma tragédia para ligarem os semáforos", diz, indignada, Maria Marques Azevedo, de 71 anos, esposa da vítima.
Correio da Manha
Morre à espera de atravessar rua
José, conhecido por ‘Pego’, de 72 anos, tinha acabado de deixar a mulher no Centro Médico de Estarreja, onde ia diariamente fazer fisioterapia. Estava parado na passadeira, à espera de atravessar a rua, e morreu ao ser projectado contra uma parede. Foi atingido por um carro que acabara de chocar com outro, porque o semáforo que agora já está a funcionar estava desligado. Depois do violento choque, ainda foi atingido com um sinal de trânsito, o que lhe desfez a cabeça.
"Levava o cheque da pensão na mão, ia aos Correios levantá--lo", diz, sem esconder a dor, o filho Firmino Azevedo. "Vai fazer muita falta: todos os domingos sentávamos 23 pessoas à mesa. Somos uma família muito unida e ele era um homem muito activo, alegre e que adorava conviver com os amigos", continua.
Ontem, os semáforos do cruzamento onde José perdeu a vida já estavam a funcionar. "Só depois de eu ter ido à Câmara questioná-los é que ligaram os semáforos", conta a neta Cristina.
O funeral de José está marcado para hoje às 16h00, em Estarreja. O corpo vai sair de sua casa, na localidade de Póvoa de Cima, e leva consigo um baralho de cartas, a sua paixão. "O meu pai estava no sítio errado à hora errada", lamenta o outro filho, Francisco Azevedo, de 44 anos. "Tinha um buraco na cabeça por ter sido projectado contra o muro. Não morreu por causa do sinal", esclarece ainda Francisco Azevedo. A revolta é geral no seio da família. "É uma vergonha terem deixado acontecer uma tragédia para ligarem os semáforos", diz, indignada, Maria Marques Azevedo, de 71 anos, esposa da vítima.
Correio da Manha