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Lula confia num acordo nuclear

Rotertinho

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Irão: Presidente do Brasil em visita de estado quer negociar consenso
Lula confia num acordo nuclear

O presidente brasileiro, Inácio Lula da Silva, que hoje se reúne em Teerão com Mahmoud Ahmadinejad, está confiante em arrancar do seu homólogo um acordo sobre o programa nuclear iraniano. Em Moscovo, onde esteve antes de viajar para o Irão, Lula ignorou o cepticismo internacional à sua missão e esbanjou optimismo.

"Vou ao Irão com a convicção de que vamos chegar a um acordo. Tenho mais de 30 anos como negociador político e vou falar com o meu amigo Ahmadinejad. Ele tem um lado interessante que pode permitir um acordo", afirmou Lula ainda no Kremlin. Apesar de garantir ter 99,9% de hipóteses de êxito, Lula acrescentou que não vai sentir-se constrangido se fracassar: "Se falhar, voltarei para casa feliz, porque não fui omisso."

A seu lado, o presidente russo, Dmitri Medvedev, mostrou--se bem mais céptico. "Também quero ser optimista como o presidente Lula. Então, dou 30%", afirmou. Em Londres, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton foi ainda mais céptica e afirmou: "Acredito que nós não vamos conseguir nenhuma resposta séria dos iranianos antes de uma acção do Conselho de Segurança."

Apostando todo o seu prestígio na visita, Lula vai dizer hoje a Ahmadinejad que a fase de retórica acabou e que se não aceitar as regras internacionais perderá também o apoio do Brasil. Amanhã, Lula terá um encontro com o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, uma honra dispensada a poucos.

EMBARAÇOS EM MOSCOVO

A visita do presidente brasileiro a Moscovo terminou de forma inesperadamente constrangedora. Primeiro porque Lula, em pleno Kremlin, resolveu criticar a invasão soviética ao Afeganistão, em 1979, um dos assuntos mais delicados do país. Depois, porque o presidente russo, Dmitri Medvedev, não suportando mais o excessivamente longo discurso de Lula, que se empolgou e começou a falar da sua vida, nem os puxões que o brasileiro constantemente lhe dava no braço para chamar a sua atenção, acabou com a conferência de imprensa abruptamente. Sem esconder a irritação, Medvedev interrompeu Lula, declarou aos jornalistas que os dois presidentes tinham acertado discutir noutra ocasião novos assuntos e foi-se embora.

SAIBA MAIS

INTERVENÇÃO DOS EUA

Em 1953 o primeiro-ministro Mohammad Mosaddegh governava o Irão. Embora eleito democraticamente, não agradava aos EUA, que fomentaram um golpe de Estado. O xá Reza Pahlevi esqueceu a democracia e governou como ditador durante 25 anos.

900 MIL

é o número aproximado de militares treinados, entre activos e reservistas, que integram as Forças Armadas do Irão.

1979

é a data em que dois anos após o início da revolução foi aprovada uma Constituição criando uma teocracia liderada pelo ayatollah Khomeini. Desde aí as tensões com os EUA são constantes.

PROGRAMA NUCLEAR

O nuclear iraniano nasceu nos anos 50 com o apoio dos EUA. Hoje, o país possui pelo menos 16 instalações nucleares.



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