Rotertinho
GF Ouro
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Negócio PT-TVI: PS alega inconstitucionalidade no uso das intercepções
Escutas só servem para dar pistas
Os resumos das escutas do processo ‘Face Oculta’ enviados à comissão de inquérito ao caso PT-TVI estão, novamente, a causar polémica entre PS e PSD.
Ontem, e no final da audição de Zeinal Bava, Osvaldo Castro e Vitalino Canas defenderam que se a comissão analisar as escutas vai estar a violar a constituição. Uma visão que o PSD contesta. 'Não deixaremos de tirar conclusões políticas do que estiver nesses documentos', frisou Pacheco Pereira. 'Isto não é uma brincadeira. É uma comissão de inquérito'. Do lado do PS, Vitalino Canas sublinhou que as 'escutas apenas podem ser utilizadas para efeito criminal', e defende que a comissão 'está inibida pela constituição de utilizar de forma directa ou indirecta as escutas'.
Além do PSD, apenas o PCP vai analisar os resumos. João Oliveira diz que não há violação da constituição. No entanto, o deputado comunista afirma que o que foi enviado 'não tem valor probatório', pelo que só pode ser utilizado como base para 'encontrar pistas'. Neste sentido, diz que 'os resumos não podem ser utilizados no relatório final', mas apenas servir para pedir novas audições.
Por seu lado João Semedo, deputado do BE, não vai ver as escutas, mas garante que, como relator 'terá de acolher' todos os elementos que os deputados queiram incluir no relatório.
Ontem Zeinal Bava voltou ao parlamento para reafirmar tudo o que havia dito na audição de 29 de Abril. Segundo o CEO da PT o negócio apenas começou a 19 de Junho, apesar de terem existido reuniões em Maio onde ele foi falado.
Sobre Rui Pedro Soares, administrador da PT, Bava não quis fazer juízos de valor, dizendo apenas que este foi enviado a Madrid por si no dia 23 de Junho. Já sobre a viagem de dia 3 de Junho, onde Rui Pedro Soares se encontrou com o administrador da Prisa, Manuel Polanco, voltou a dizer que não teve conhecimento nem da viagem nem da reunião. Zeinal Bava, que disse desconhecer a tentativa de compra da TVI pelo Taguspark, revelou ainda que não sabe de onde partiu a fuga de informação, mas que sem essa fuga a 'probabilidade de concretizar o negócio aumentava'.
LÁGRIMAS E RUDEZA MARCAM DIA DE AUDIÇÕES
O ambiente da comissão voltou a aquecer. Pacheco Pereira acusou Mota Amaral de ser 'rude' e Osvaldo Castro falou das 'lágrimas de crocodilo' de Agostinho Branquinho. Depois de Mota Amaral, presidente da comissão, cortar a palavra a João Semedo por exceder o tempo, Pacheco Pereira saiu em defesa do deputado do Bloco, acusando Mota Amaral de ser 'rude' com os deputados. Já Osvaldo Castro acusou Branquinho de chorar 'lágrimas de crocodilo', quando o deputado do PSD desejava boa sorte a Bava na luta com os espanhóis da Telefónica.
PORMENORES
RESPOSTAS DE SÓCRATES
As respostas do primeiro-ministro chegam hoje à comissão. A sua análise está marcada para amanhã, numa reunião da comissão.
NAS MÃOS DE PACHECO
O PSD delegou em Pacheco Pereira a leitura dos resumos das escutas.
NOVAS AUDIÇÕES
A leitura das escutas pode motivar o pedido de novas audições por parte do PSD e PCP.
Correio da Manha
Escutas só servem para dar pistas
Os resumos das escutas do processo ‘Face Oculta’ enviados à comissão de inquérito ao caso PT-TVI estão, novamente, a causar polémica entre PS e PSD.
Ontem, e no final da audição de Zeinal Bava, Osvaldo Castro e Vitalino Canas defenderam que se a comissão analisar as escutas vai estar a violar a constituição. Uma visão que o PSD contesta. 'Não deixaremos de tirar conclusões políticas do que estiver nesses documentos', frisou Pacheco Pereira. 'Isto não é uma brincadeira. É uma comissão de inquérito'. Do lado do PS, Vitalino Canas sublinhou que as 'escutas apenas podem ser utilizadas para efeito criminal', e defende que a comissão 'está inibida pela constituição de utilizar de forma directa ou indirecta as escutas'.
Além do PSD, apenas o PCP vai analisar os resumos. João Oliveira diz que não há violação da constituição. No entanto, o deputado comunista afirma que o que foi enviado 'não tem valor probatório', pelo que só pode ser utilizado como base para 'encontrar pistas'. Neste sentido, diz que 'os resumos não podem ser utilizados no relatório final', mas apenas servir para pedir novas audições.
Por seu lado João Semedo, deputado do BE, não vai ver as escutas, mas garante que, como relator 'terá de acolher' todos os elementos que os deputados queiram incluir no relatório.
Ontem Zeinal Bava voltou ao parlamento para reafirmar tudo o que havia dito na audição de 29 de Abril. Segundo o CEO da PT o negócio apenas começou a 19 de Junho, apesar de terem existido reuniões em Maio onde ele foi falado.
Sobre Rui Pedro Soares, administrador da PT, Bava não quis fazer juízos de valor, dizendo apenas que este foi enviado a Madrid por si no dia 23 de Junho. Já sobre a viagem de dia 3 de Junho, onde Rui Pedro Soares se encontrou com o administrador da Prisa, Manuel Polanco, voltou a dizer que não teve conhecimento nem da viagem nem da reunião. Zeinal Bava, que disse desconhecer a tentativa de compra da TVI pelo Taguspark, revelou ainda que não sabe de onde partiu a fuga de informação, mas que sem essa fuga a 'probabilidade de concretizar o negócio aumentava'.
LÁGRIMAS E RUDEZA MARCAM DIA DE AUDIÇÕES
O ambiente da comissão voltou a aquecer. Pacheco Pereira acusou Mota Amaral de ser 'rude' e Osvaldo Castro falou das 'lágrimas de crocodilo' de Agostinho Branquinho. Depois de Mota Amaral, presidente da comissão, cortar a palavra a João Semedo por exceder o tempo, Pacheco Pereira saiu em defesa do deputado do Bloco, acusando Mota Amaral de ser 'rude' com os deputados. Já Osvaldo Castro acusou Branquinho de chorar 'lágrimas de crocodilo', quando o deputado do PSD desejava boa sorte a Bava na luta com os espanhóis da Telefónica.
PORMENORES
RESPOSTAS DE SÓCRATES
As respostas do primeiro-ministro chegam hoje à comissão. A sua análise está marcada para amanhã, numa reunião da comissão.
NAS MÃOS DE PACHECO
O PSD delegou em Pacheco Pereira a leitura dos resumos das escutas.
NOVAS AUDIÇÕES
A leitura das escutas pode motivar o pedido de novas audições por parte do PSD e PCP.
Correio da Manha