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Meio dia para alcançar o Algarve

Rotertinho

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Diário a bordo do Creoula
Meio dia para alcançar o Algarve

Mais de 12 horas depois de ter saído da Base Naval do Alfeite, em Lisboa, com uma tripulação de 39 homens, o lugre Creoula, um navio de treino de mar da Marinha Portuguesa, que faz a primeira viagem depois de dois anos em reparações, alcança a costa algarvia.

No céu azul claro não se avista nenhuma nuvem e o sol bate forte. O mar está ‘chão’, como dizem os marinheiros e que significa que está calmo. A ondulação não ultrapassa os dois metros e o vento sopra fraco. As velas estão içadas mas não ajudam o motor de 500 cavalos, que ronca sem parar mas que mantém o navio na rota até Portimão. Estamos a cerca de 8 milhas da costa (aproximadamente 12,8 quilómetros).

A alvorada foi às 7h00, altura em que pelos altifalantes espalhados pelo navio se ouviu uma voz que disse uma só vez: “Guarnição, alvorada!”. Toda a tripulação do navio acordou nesse momento, excepto os homens que estavam de quarto, isto é, aqueles que de quatro em quatro horas ficam encarregues de manobrar o navio; estes já estavam acordados e são os únicos que não formam no convés, às 8h30, para as limpezas da manhã, já depois do banho e do pequeno-almoço tomado. É o mestre do navio que distribui as diferentes tarefas pelos homens: limpeza das cobertas (onde ficam as camas), do bar, das casas-de-banho e do convés.

Cerca das 11h00 há nova faina geral (isto quer dizer, em linguagem de marinheiro, ‘trabalho para todos’), desta vez de mastros, para se içarem mais velas. Vários homens puxam cabos seguindo as instruções do mestre, que marca o ritmo ao som de um apito. Um grupo de golfinhos acompanha o Creoula há já algumas horas. Às 11h30 é a chamada para o almoço. E já se avista o Cabo de S. Vicente, em plena costa algarvia.


Correio da Manha
 
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