Rotertinho
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Balanço: Mais de um milhão de portugueses viu o Papa ao vivo
INEM gastou 227 mil € com Papa
A visita de quatro dias do Papa Bento XVI a Portugal custou ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pouco mais de 227 mil euros. Aquela que foi a maior operação de socorro desta década em Portugal implicou a mobilização de 83 meios (viaturas e helicópteros), 57 médicos, 63 enfermeiros, 133 técnicos de ambulância de emergência, 52 técnicos operacionais de telecomunicações de socorro e 15 elementos de logística.
Entre terça e sexta-feira foram muitas as ocorrências, mas nenhum caso de grande gravidade. Ao todo, o INEM socorreu, em Lisboa, Fátima e Porto, 1858 pessoas, mas apenas cinco com ferimentos, resultantes de quedas.
'Foi uma grande operação, mas, felizmente, o número de ocorrências esteve longe de nos obrigar a grande esforço. Os meios foram mais do que suficientes porque nos preparámos para tudo', disse ao CM fonte do INEM.
A visita do Papa a Portugal foi um sucesso em toda a linha. Uma organização quase sem falhas, nenhuma ocorrência grave, pouco mais de 30 furtos e uma assinalável afluência de fiéis às cerimónias e aos locais de passagem do papamóvel. Segundo a organização, nas cerimónias de Lisboa, Fátima e Porto estiveram mais de 800 mil pessoas, estimando-se que entre 150 e 200 mil tenham acorrido aos percursos de passagem do Sumo Pontífice. Assim, o Papa foi visto ao vivo por perto de um milhão de fiéis.
À chegada a Roma, Bento XVI confessou que se tratou de 'uma viagem maravilhosa' e voltou a sublinhar a grande fé que se vive na Cova da Iria. No livro de honra do Santuário de Fátima, Bento XVI escreveu 'Convertimini et credite Evangelio (Convertei-vos e acreditai no Evangelho). Benedictus PP. 13.V.2010'.
CADEIRA LUSA VAI PARA ROMA
A cadeira em que o Papa descansou 15 minutos após a celebração da missa do Porto segue hoje para Roma e vai integrar o mobiliário pessoal de Bento XVI no Palácio Apostólico, onde reside.
'O Santo Padre gostou muito da cátedra, achou-a realmente confortável e perguntou se podia ficar com ela. Isto para nós é fantástico', disse ao Correio da Manhã Zita Rocha, gestora da Antarte, empresa que construiu esta cadeira, desenhada pelo arquitecto Audemaro Rocha, da Câmara do Porto.
Feita em madeira de castanheiro, a cátedra tem almofadas de ergolatex revestidas a pele pintada em branco com as armas de Bento XVI no encosto.
Ontem, a peça foi embalada e transportada para Figo Maduro, seguindo hoje para Roma no C130 que transporta os papamóveis.
DISCURSO DIRECTO
'PUDEMOS CONHECER O VERDADEIRO BENTO XVI': Padre Manuel Morujão Porta-voz dos bispos sobre a visita do Papa Bento XVI a Portugal
Correio da Manhã – Que balanço faz da visita do Papa a Portugal?
Padre Manuel Morujão – Um balanço altamente positivo. Teve um acolhimento extraordinário, o Santo Padre mostrou-se sempre bem--disposto e sorridente, e a mensagem foi clara e muito importante. O padre Lombardi anunciou que o Papa classificou esta viagem como 'maravilhosa' e eu, pessoalmente, acho que superou as expectativas mais optimistas, até porque também as havia pessimistas.
– O que reteve da mensagem deixada por Bento XVI?
– O discurso ao mundo da cultura, em que falou da verdade e da vida como um hino à beleza, foi, para mim, marcante. Depois, também retive o pedido que fez aos bispos para que sejam ministros da caridade, num tempo em que o Mundo vive crises profundas, económica e de valores. Isto, muito resumidamente.
– Foi estratégico o esvaziar o tema da pedofilia nas declarações feitas no avião, a caminho de Portugal?
– Penso que não tenha sido essa a ideia, mas acabou por ter, de alguma forma, esse resultado. Este Papa já tinha dado provas, e confirmou-o, de que não foge às questões, por mais polémicas que elas possam ser.
– Em quase todos os discursos, o Papa falou para o interior da Igreja. Justificava-se?
– Creio que os discursos do Santo Padre foram abertos e abrangentes e não dirigidos especificamente para a Igreja. No entanto, ele fala sempre para o seu rebanho, alertando para o facto de a Igreja de hoje não poder viver fechada nasacristia.
– Acha que a imagem do Papa saiu melhorada?
– Acho que pudemos conhecer o verdadeiro Bento XVI. Homem de saber, mas simpático e afável
– Considera que o Governo escolheu a visita do Papa para anunciar medidas de austeridade?
– Acho que foi coincidência.
Correio da Manha
INEM gastou 227 mil € com Papa
A visita de quatro dias do Papa Bento XVI a Portugal custou ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pouco mais de 227 mil euros. Aquela que foi a maior operação de socorro desta década em Portugal implicou a mobilização de 83 meios (viaturas e helicópteros), 57 médicos, 63 enfermeiros, 133 técnicos de ambulância de emergência, 52 técnicos operacionais de telecomunicações de socorro e 15 elementos de logística.
Entre terça e sexta-feira foram muitas as ocorrências, mas nenhum caso de grande gravidade. Ao todo, o INEM socorreu, em Lisboa, Fátima e Porto, 1858 pessoas, mas apenas cinco com ferimentos, resultantes de quedas.
'Foi uma grande operação, mas, felizmente, o número de ocorrências esteve longe de nos obrigar a grande esforço. Os meios foram mais do que suficientes porque nos preparámos para tudo', disse ao CM fonte do INEM.
A visita do Papa a Portugal foi um sucesso em toda a linha. Uma organização quase sem falhas, nenhuma ocorrência grave, pouco mais de 30 furtos e uma assinalável afluência de fiéis às cerimónias e aos locais de passagem do papamóvel. Segundo a organização, nas cerimónias de Lisboa, Fátima e Porto estiveram mais de 800 mil pessoas, estimando-se que entre 150 e 200 mil tenham acorrido aos percursos de passagem do Sumo Pontífice. Assim, o Papa foi visto ao vivo por perto de um milhão de fiéis.
À chegada a Roma, Bento XVI confessou que se tratou de 'uma viagem maravilhosa' e voltou a sublinhar a grande fé que se vive na Cova da Iria. No livro de honra do Santuário de Fátima, Bento XVI escreveu 'Convertimini et credite Evangelio (Convertei-vos e acreditai no Evangelho). Benedictus PP. 13.V.2010'.
CADEIRA LUSA VAI PARA ROMA
A cadeira em que o Papa descansou 15 minutos após a celebração da missa do Porto segue hoje para Roma e vai integrar o mobiliário pessoal de Bento XVI no Palácio Apostólico, onde reside.
'O Santo Padre gostou muito da cátedra, achou-a realmente confortável e perguntou se podia ficar com ela. Isto para nós é fantástico', disse ao Correio da Manhã Zita Rocha, gestora da Antarte, empresa que construiu esta cadeira, desenhada pelo arquitecto Audemaro Rocha, da Câmara do Porto.
Feita em madeira de castanheiro, a cátedra tem almofadas de ergolatex revestidas a pele pintada em branco com as armas de Bento XVI no encosto.
Ontem, a peça foi embalada e transportada para Figo Maduro, seguindo hoje para Roma no C130 que transporta os papamóveis.
DISCURSO DIRECTO
'PUDEMOS CONHECER O VERDADEIRO BENTO XVI': Padre Manuel Morujão Porta-voz dos bispos sobre a visita do Papa Bento XVI a Portugal
Correio da Manhã – Que balanço faz da visita do Papa a Portugal?
Padre Manuel Morujão – Um balanço altamente positivo. Teve um acolhimento extraordinário, o Santo Padre mostrou-se sempre bem--disposto e sorridente, e a mensagem foi clara e muito importante. O padre Lombardi anunciou que o Papa classificou esta viagem como 'maravilhosa' e eu, pessoalmente, acho que superou as expectativas mais optimistas, até porque também as havia pessimistas.
– O que reteve da mensagem deixada por Bento XVI?
– O discurso ao mundo da cultura, em que falou da verdade e da vida como um hino à beleza, foi, para mim, marcante. Depois, também retive o pedido que fez aos bispos para que sejam ministros da caridade, num tempo em que o Mundo vive crises profundas, económica e de valores. Isto, muito resumidamente.
– Foi estratégico o esvaziar o tema da pedofilia nas declarações feitas no avião, a caminho de Portugal?
– Penso que não tenha sido essa a ideia, mas acabou por ter, de alguma forma, esse resultado. Este Papa já tinha dado provas, e confirmou-o, de que não foge às questões, por mais polémicas que elas possam ser.
– Em quase todos os discursos, o Papa falou para o interior da Igreja. Justificava-se?
– Creio que os discursos do Santo Padre foram abertos e abrangentes e não dirigidos especificamente para a Igreja. No entanto, ele fala sempre para o seu rebanho, alertando para o facto de a Igreja de hoje não poder viver fechada nasacristia.
– Acha que a imagem do Papa saiu melhorada?
– Acho que pudemos conhecer o verdadeiro Bento XVI. Homem de saber, mas simpático e afável
– Considera que o Governo escolheu a visita do Papa para anunciar medidas de austeridade?
– Acho que foi coincidência.
Correio da Manha