Rotertinho
GF Ouro
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Nuclear: Vitória diplomática de Lula e Erdogan
Brasil e Turquia convencem Irão
O Irão aceitou ontem um acordo intermediado pelo Brasil e pela Turquia para enriquecer o seu urânio no estrangeiro, tal como fora anteriormente proposto pela Agência Internacional de Energia Atómica.
Embora os EUA, o Reino Unido e a França já se tenham manifestado cépticos quanto ao cumprimento do acordo e adiantado que o mesmo por si só não evita novas sanções ao Irão, o chefe da diplomacia brasileira, Celso Amorim, diz não ver mais razões para punir o Irão.
"Foi uma coisa extraordinária. Eu acho que hoje a diplomacia saiu vencedora. Foi uma resposta de que é possível, com diálogo, construir a paz, construir o desenvolvimento", afirmou Lula da Silva, que enalteceu o esforço do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim, que ficou até às quatro da madrugada de ontem a costurar o acordo, assinado ao amanhecer.
Amorim, por seu turno, afirmou que o acordo é o crédito de confiança que faltava para um diálogo entre a comunidade internacional e o Irão sobre a questão nuclear a que o país, frisou, "tem direito".
Segundo os termos do acordo, o Irão aceita enviar para a Turquia, que ficará como fiel depositário, 1200 kg de urânio enriquecido a 3,5%. A Turquia enviará posteriormente esse urânio para a Rússia, que o enriquecerá a 20%, o suficiente para ser usado no reactor iraniano de investigação médica mas não para construir uma bomba atómica. O urânio enriquecido será devolvido ao Irão no prazo máximo de um ano.
O Irão tenciona porém prosseguir com o seu programa de enriquecimento, o que poderá dificultar a aceitação do acordo pela comunidade internacional. Falando ontem após a assinatura do acordo, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez votos de que o Grupo de Viena (EUA, França, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha) aceite agora dialogar com o país "com base na honestidade, justiça e respeito mútuo". "Devem saudar este acordo e distanciar-se da atmosfera de pressões e de sanções", afirmou o líder iraniano.
PORMENORES
EUA DESCONFIAM
A Casa Branca diz que o acordo é positivo, mas é preciso ver se Teerão o cumpre. Além disso, lembra que a intenção de continuar a enriquecer urânio "viola as resoluções da ONU".
CEPTICISMO EM FRANÇA
O governo francês frisou que o acordo alcançado em Teerão "não resolve o problema do programa nuclear iraniano".
LONDRES PRUDENTE
O vice-chefe da diplomacia britânica, Alistair Burst, afirmou que as sanções devem continuar em cima da mesa até o Irão clarificar as suas intenções.
Correio da Manha
Brasil e Turquia convencem Irão
O Irão aceitou ontem um acordo intermediado pelo Brasil e pela Turquia para enriquecer o seu urânio no estrangeiro, tal como fora anteriormente proposto pela Agência Internacional de Energia Atómica.
Embora os EUA, o Reino Unido e a França já se tenham manifestado cépticos quanto ao cumprimento do acordo e adiantado que o mesmo por si só não evita novas sanções ao Irão, o chefe da diplomacia brasileira, Celso Amorim, diz não ver mais razões para punir o Irão.
"Foi uma coisa extraordinária. Eu acho que hoje a diplomacia saiu vencedora. Foi uma resposta de que é possível, com diálogo, construir a paz, construir o desenvolvimento", afirmou Lula da Silva, que enalteceu o esforço do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim, que ficou até às quatro da madrugada de ontem a costurar o acordo, assinado ao amanhecer.
Amorim, por seu turno, afirmou que o acordo é o crédito de confiança que faltava para um diálogo entre a comunidade internacional e o Irão sobre a questão nuclear a que o país, frisou, "tem direito".
Segundo os termos do acordo, o Irão aceita enviar para a Turquia, que ficará como fiel depositário, 1200 kg de urânio enriquecido a 3,5%. A Turquia enviará posteriormente esse urânio para a Rússia, que o enriquecerá a 20%, o suficiente para ser usado no reactor iraniano de investigação médica mas não para construir uma bomba atómica. O urânio enriquecido será devolvido ao Irão no prazo máximo de um ano.
O Irão tenciona porém prosseguir com o seu programa de enriquecimento, o que poderá dificultar a aceitação do acordo pela comunidade internacional. Falando ontem após a assinatura do acordo, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez votos de que o Grupo de Viena (EUA, França, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha) aceite agora dialogar com o país "com base na honestidade, justiça e respeito mútuo". "Devem saudar este acordo e distanciar-se da atmosfera de pressões e de sanções", afirmou o líder iraniano.
PORMENORES
EUA DESCONFIAM
A Casa Branca diz que o acordo é positivo, mas é preciso ver se Teerão o cumpre. Além disso, lembra que a intenção de continuar a enriquecer urânio "viola as resoluções da ONU".
CEPTICISMO EM FRANÇA
O governo francês frisou que o acordo alcançado em Teerão "não resolve o problema do programa nuclear iraniano".
LONDRES PRUDENTE
O vice-chefe da diplomacia britânica, Alistair Burst, afirmou que as sanções devem continuar em cima da mesa até o Irão clarificar as suas intenções.
Correio da Manha